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Economia

Queda no preço dos alimentos ajuda a derrubar inflação entre famílias de baixa renda

Indicador de Inflação por Faixa de Renda do Ipea foi divulgado nesta 3ª feira (17.out)

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homem com carrinho de supermercado
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A queda no preço dos alimentos e bebidas ajudou a inflação a pesar menos no bolso das famílias de baixa renda nos últimos 12 meses, na comparação com os lares de renda média e alta. A constatação faz parte do Indicador de Inflação por Faixa de Renda do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado nesta 3ª feira (17.out).

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Enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE, ficou em 5,19%, a inflação para as famílias com renda muito baixa (que recebem até de R$ 2.015 por mês) foi de 3,9%. Já para as de renda baixa (que recebem de R$ 2.015 a R$ 3.022 por mês), ficou em 4,45%.

Nos lares com rendas média-alta e alta, a inflação acumulada em 12 meses ficou em 5,95% e 6,41%, respectivamente. São classificadas como renda média-alta os grupos familiares que recebem de R$ 10.075 a R$ 20.151. Os de renda alta têm rendimento superior a R$ 20.151.

Reprodução/IPEA

Tanto na inflação acumulada de 12 meses quanto na setembro, o custo dos alimentos foi o item que mais aliviou o peso no orçamento dos mais pobres, com quatro meses seguidos de recuo. 

Em setembro, esse comportamento foi motivado pelos preços do feijão (- 7,6%), farinha de trigo (- 3,3%), batata (- 10,4%), carnes (- 2,9%), aves e ovos (- 1,7%), leite (- 4,1%) e o óleo de soja (- 1,2%).

Esse alívio é sentido mais fortemente pelas famílias com rendas mais baixas, que gastam, proporcionalmente, mais com comida que as mais ricas. Isso se dá pelo "peso desses itens nas suas cestas de consumo", explica Maria Andreia Parente Lameiras, pesquisadora do Ipea.

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