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Economia

Mapa da Riqueza: DF tem maior renda média da população; saiba os valores

Trabalho da FGV conclui que a desigualdade de renda no país aumentou de 2019 para 2020

Imagem da noticia Mapa da Riqueza: DF tem maior renda média da população; saiba os valores
Pessoa segura cédulas de R$ 50,00 (Reprodução/Prefeitura de Governador Nunes Freire)
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O Distrito Federal é a unidade federativa (UF) do Brasil com a maior renda média da população total: R$ 3.148,00. Na sequência, vêm São Paulo (R$ 2.093), Rio de Janeiro (R$ 1.754), Rio Grande do Sul (R$ 1.673), Santa Catarina (R$ 1.652) e Paraná (R$ 1.559). Para efeito de comparação, a renda média dos brasileiros é de R$ 1.310,00. Essas são algumas das conclusões do Mapa da Riqueza no Brasil, estudo que foi divulgado nesta 2ª feira (13.fev) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

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O trabalho, do pesquisador Marcelo Neri, mapeia fluxos de renda e estoques de ativos dos mais ricos brasileiros a partir do imposto de renda (IRPF). Foram utilizados os dados do IRPF relativos a 2020.

As UFs com as menores rendas médias da população são Maranhão (R$ 409), Pará (R$ 507), Alagoas (R$ 552), Piauí (R$ 554), Ceará (R$ 583) e Bahia (R$ 600). No ranking dos municípios, lidera Nova Lima (MG), com R$ 8.897,00, e o último colocado é Matões do Norte (MA), com R$ 27,00.

O Distrito Federal é a UF com a maior renda média dos declarantes do IRPF também, com R$ 12.627,00. Neste ranking, em seguida, aparecem Rio de Janeiro (R$ 9.907) e São Paulo (R$ 9.488). A renda média dos declarantes brasileiros é de R$ 8.776,00. No caso dos municípios, Aporé (GO) fica em primeiro, com R$ 66.125,00, e em último aparece Tunas (RS), com R$ 2.552,00.

Gráficos (Divulgação/FGV)

De acordo com o estudo, "mais de 80% da população não fez a declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física em 24 das 27 Unidades da Federação e em 16 das 27 capitais brasileiras em 2020, o que indica que a maioria das pessoas nessas localidades tinha renda inferior a R$ 2.000. Por outro lado, alguns bolsões do país têm ganho médio próximo de R$ 40.000. É o caso do Lago Sul, no Distrito Federal, onde a renda mensal é de R$ 39.535 entre os declarantes do IRPF. O levantamento também mostra que São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, é a cidade com maior proporção de declarantes do IRPF, com 43,87% da população".

De 2019 para 2020, a renda média dos brasileiros variou 0,85% para baixo. Tocantins foi a UF com a maior variação: +14,25%. Depois, vêm Maranhão (+11,43) e Mato Grosso do Sul (+8,70%). Em Sergipe, o último colocado no ranking, a renda média caiu 6,20%. São Paulo Paulo teve a segunda pior variação: -6,13%. Entre os municípios, a melhor foi de Nova Alvorada (RS): 409,46%. A pior, de Santana do Araguaia: -91,36%.

Desigualdade

O estudo conclui ainda que a desigualdade de renda no país "é ainda maior do que o imaginado". "Unindo a base de dados do Imposto de Renda das Pessoas Físicas à da Pnad Contínua, o índice de Gini chegou a 0,7068 em 2020, bem acima dos 0,6013 calculados pelo IBGE, que usa apenas a Pnad Contínua", explica. "Para o cálculo do Gini, quanto mais perto de 1 está o índice, maior é a desigualdade".

Ainda de acordo com o trabalho, "pela abordagem usual, o Gini teria caído de 0,6117 para 0,6013 [de 2019 para 2020], já na combinação de bases o Gini, sobe de 0,7066 para 0,7068. Isso pois as perdas dos mais ricos (dos 1% + foi -1,5%) foram menos da metade das da classe média tupiniquim (-4,2%), a grande perdedora da pandemia". O ano de 2020 foi o primeiro da crise sanitária.

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