Inflação do turismo já acumula alta de 41% em um ano, diz Fecomercio
Passagem aérea foi a que mais contribuiu para o aumento dos preços, com crescimento de 122,40%
Camila Stucaluc
Os consumidores estão se deparando com preços cada vez mais elevados na hora de escolher viagens. Um levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base nos dados do IPCA de junho, demonstrou que a inflação relacionada ao setor de turismo já acumula alta de 41,39%, quando comparado com o mesmo período de 2021.
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No geral, a passagem aérea foi a que mais contribuiu para o aumento dos preços, com crescimento de 122,40% em 12 meses. Além disso, a constante alta no preço do querosene de aviação e do dólar também contribuem para o encarecimento das viagens, bem como a limitação do aumento da oferta de assentos e a dificuldade de recomposição de mão de obra - prejudicada pela pandemia de covid-19.
Mariana Aldrigui, presidente do Conselho de Turismo da FecomerioSP, ressalta que, embora ainda exista uma demanda reprimida que pressiona os preços em função da temporada de férias, a elevação é reflexo, principalmente, da inflação nos custos das empresas, após dois anos de dificuldades e falta de apoio governamental.
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"A ausência de políticas claras para evitar a elevação das tarifas aéreas, por exemplo, cria um outro problema sério: parte dos recursos movimentados pelos turistas - que saem das regiões de maior concentração de renda e permitem o aquecimento da economia em destinos menores. Isso acaba levando à retração e ao desemprego nas regiões onde o turismo mais faz diferença", diz Mariana.
