Criador dos Miura morre aos 83 anos em Porto Alegre
Itelmar Gobbi fabricou automóveis que foram sonho de consumo em todo o Brasil
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Itelmar Gobbi foi sepultado no início da tarde deste sábado, 24, no Cemitério João XXIII em Porto Alegre. Há cerca de 20 dias ele foi diagnosticado com um câncer no fígado já em estágio avançado. "Como tinha diabetes, não foi possível fazer quimioterapia", lamentou o filho Roberto Gobbi.
Itelmar foi um visionário na indústria automobilística brasileira. Ainda nos anos 70, ele e o sócio Aldo Besson criaram uma empresa para fabricar capas para bancos de carros da época. O negócio cresceu e os dois decidiram então fabricar um novo modelo. Foi então que em 1977 surgiu o primeiro Miura. "Pensamos que do que nós fazíamos, seria fácil fabricar um carro" disse Itelmar em uma das últimas entrevistas que concedeu, em 2017.
Nos anos 80, vieram mais modelos e versões do Miura. Destaque para o Targa, de 1982, que tinha teto removível, bem ao estilo Porsche. Mais adiante, em 1984, surgiu o Saga. O carro era equipado com ítens exclusivos como computador de bordo com sintetizador de voz, que falava com o motorista, e controle eletrônico de velocidade. Equipamento que só agora começa a se tornar comum. Em 1990, o Miura foi o primeiro carro nacional a ser equipado com freio ABS, sistema que impede o travamento das rodas e que só a partir de 2013 passou a ser obrigatório no Brasil.
O Miura chegou a ser pace-car da Fórmula 1 graças a uma situação curiosa. Roberto Gobbi estava no autódromo de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, quando estavam sendo feitos os testes para uma das provas do GP do Brasil. O carro que havia sido escalado não conseguia acompanhar os veículos de corrida. Foi quando chamaram Gobbi e pediram para testar o Miura na pista. O carro teve um desempenho excelente e foi aprovado. A equipe da Miura passou a madrugada inteira instalando ítens de segurança no carro para que, no domingo, o modelo estivesse na pista.
Na despedida, hoje em Porto Alegre, um grupo de entusiastas levou os veículos até o cemitério. Entre os carros, estavam dois Top Sport, o último Miura fabricado e que também era o modelo preferido de Itelmar Gobbi. "Muitos anos depois de ser feito, ele ainda é desenho. É uma coisa que não se apaga", afirmou Gobbi em 2017. Em Porto Alegre, Gobbi deixa esposa, filhos e o Miura Top Sport vermelho que guardava na garagem.
Itelmar foi um visionário na indústria automobilística brasileira. Ainda nos anos 70, ele e o sócio Aldo Besson criaram uma empresa para fabricar capas para bancos de carros da época. O negócio cresceu e os dois decidiram então fabricar um novo modelo. Foi então que em 1977 surgiu o primeiro Miura. "Pensamos que do que nós fazíamos, seria fácil fabricar um carro" disse Itelmar em uma das últimas entrevistas que concedeu, em 2017.
Nos anos 80, vieram mais modelos e versões do Miura. Destaque para o Targa, de 1982, que tinha teto removível, bem ao estilo Porsche. Mais adiante, em 1984, surgiu o Saga. O carro era equipado com ítens exclusivos como computador de bordo com sintetizador de voz, que falava com o motorista, e controle eletrônico de velocidade. Equipamento que só agora começa a se tornar comum. Em 1990, o Miura foi o primeiro carro nacional a ser equipado com freio ABS, sistema que impede o travamento das rodas e que só a partir de 2013 passou a ser obrigatório no Brasil.
O Miura chegou a ser pace-car da Fórmula 1 graças a uma situação curiosa. Roberto Gobbi estava no autódromo de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, quando estavam sendo feitos os testes para uma das provas do GP do Brasil. O carro que havia sido escalado não conseguia acompanhar os veículos de corrida. Foi quando chamaram Gobbi e pediram para testar o Miura na pista. O carro teve um desempenho excelente e foi aprovado. A equipe da Miura passou a madrugada inteira instalando ítens de segurança no carro para que, no domingo, o modelo estivesse na pista.
Na despedida, hoje em Porto Alegre, um grupo de entusiastas levou os veículos até o cemitério. Entre os carros, estavam dois Top Sport, o último Miura fabricado e que também era o modelo preferido de Itelmar Gobbi. "Muitos anos depois de ser feito, ele ainda é desenho. É uma coisa que não se apaga", afirmou Gobbi em 2017. Em Porto Alegre, Gobbi deixa esposa, filhos e o Miura Top Sport vermelho que guardava na garagem.
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