Pacheco diz que irregularidades no governo devem ser investigadas pela PF
Presidente do Senado alertou para que abertura de CPIs não se torne estratégia eleitoral
Durante coletiva na 3ª feira (12.mar), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu a investigação de denúncias de irregularidades envolvendo o atual governo. Ele apontou, no entanto, que o caminho para as apurações deveria ser procedente da Polícia Federal, do Ministério Público e do Tribunal de Contas da União (TCU).
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A declaração de Pacheco acontece em meio ao escândalo no Ministério da Educação, que foi denunciado por favorecer pastores no repasse de verbas da pasta. Apesar dos parlamentares ainda se movimentarem para coletar assinaturas para formalizar um pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), o líder do Senado afirmou que é preciso aguardar para não utilizar a investigação como estratégia eleitoral.
"Tenhamos prudência e muita cautela, para que tenhamos uma legitimidade do processo eleitoral, dentro do campo das propostas", disse Pacheco. O parlamentar sugeriu ainda tranquilidade e sabedoria para a solução dos "problemas reais" que atingem os brasileiros. Como exemplo, ele citou a inflação, o desemprego e os constantes aumentos do preço dos combustíveis.
CPIs
Em resposta à tentativa da oposição de instaurar uma investigação da ação do MEC, a base do governo protocolou um pedido de CPI para apurar obras públicas iniciadas e não concluídas entre 2006 e 2018 - período que compreende gestões dos petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff e de Michel Temer (MDB).
Diferentemente da CPI do MEC, que contém 26 assinaturas, o requerimento dos governistas já conta com o mínimo de 27 nomes para ser levado ao Senado. Entre os 28 signatários, estão Flávio Bolsonaro (PL) - filho do presidente Jair Bolsonaro (PL) -, Luis Carlos Heinze (PP-RS) - fiel defensor do presidente na CPI da Covid -, e o ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL).
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