Renan diz que vai recorrer de liminar "orquestrada" por Bolsonaro
Senador disse que decisão em primeira instância foi "interferência indevida" nas atividades do Senado
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O senador Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou nesta 2ª feira (26.abr) que irá recorrer da decisão liminar da Justiça Federal que o impede de ser o relator da Comissão Parlamentar de Inquério (CPI) da Pandemia. No Twitter, ele afirmou que a medida foi "orquestrada pelo governo de Jair Bolsonaro".
"A CPI é investigação constitucional do Poder Legislativo e não uma atividade jurisdicional. Nada tem a ver com Justiça de primeira instância. Não há precedente na história do Brasil de medida tão exdrúxula como essa. Estamos entrando com recurso e pergunto: por que tanto medo?", escreveu.
Mais cedo, o juiz Charles Renaud Frazão de Moraes, da 2ª Vara Federal, afirmou que o senador não poderia ser relator da CPI por ser pai do governador de Alagoas, Renan Filho (MDB). A medida, segundo o magistrado, evita "prejuízo para o desenvolvimento dos trabalhos" do colegiado e "à própria atividade parlamentar do senador demandado".
A ação popular foi ajuizada pela deputada Carla Zambelli (PSL-SP), aliada do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), que trabalhava para afastar Renan do cargo, por ser um forte crítico ao governo. "Ainda há esperança na Justiça deste país", disse Carla ao SBT News.
Para o Executivo, o ideal seria que o relator da CPI fosse um senador alinhado com o governo federal. O nome defendido pelo Palácio do Planalto é o do líder do DEM na Casa, Marcos Rogério (RO).