Drones atingem depósito de petróleo russo na Crimeia e causam explosão
Suspeita é que ataque tenha sido lançado por forças ucranianas; Kiev nega autoria
Camila Stucaluc
Um incêndio de grandes proporções tomou conta de um depósito de petróleo russo na Crimeia, na manhã deste sábado (29.abr), após um ataque de drones "kamikaze". Pelas redes sociais, o governador de Sebastopol, Mikhail Razvozhayev, informou que o incêndio recebeu a classificação mais alta em termos de complicação para ser extinto. Autoridades locais acusam Kiev pelo incêndio. A Ucrânia, por sua vez, nega a autoria.
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"O fogo aberto foi extinto em uma área de 1.000 metros quadrados. A situação está sob o controle de nossos bombeiros e de todos os serviços operacionais", disse Razvozhayev, acrescentando que o depósito foi atingido por dois drones ucranianos - o que foi negado por Kiev. Outros dois equipamentos foram abatidos pelos russos. Não houve feridos.
O ataque na Crimeia - anexada por Moscou em 2014 - acontece um dia após forças russas lançarem um bombardeio em massa contra a Ucrânia, deixando 26 mortos, incluindo cinco crianças. A maioria dos óbitos ocorreu na cidade de Uman, na região central de Cherkasy, onde um prédio residencial foi atingido pelos mísseis de cruzeiro.
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Em vídeo, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, condenou o bombardeio e afirmou que "somente o mal absoluto pode desencadear tamanho terror contra a Ucrânia". O mandatário informou ainda que continua entrando em contato com diversos líderes internacionais para o fornecimento de armas e que uma contra ofensiva contra a Rússia deve ocorrer em breve.