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Zona oeste do Rio vive clima de guerra entre milicianos e traficantes

Confrontos na região já chegam a 10 dias; noite de 3ª teve tiroteio com a polícia na Cidade de Deus

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polícia atua na cidade de deus
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Há 10 dias, parte da zona oeste do Rio de Janeiro vive o terror da guerra entre milicianos e traficantes de drogas. Eles brigam pelo controle de pelo menos quatro comunidades da região. Nesta 3ª feira (24.jan), a polícia tentou intervir na Cidade de Deus e foi recebida com tiros e bombas.

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A 4ª feira (25.jan) na Cidade de Deus começou em clima de guerra, com quatro blindados da Polícia Militar posicionados em pontos estratégicos. Agentes de oito batalhões foram mobilizados para reforçar o patrulhamento. Eles apreenderam dois fuzis e uma granada. Dois suspeitos foram presos.

Essa foi uma resposta aos pesados tiroteios da noite de 3ª. Criminosos lançaram bombas contra os PMs, e os policiais se protegeram atrás das viaturas. Houve correira. Segundo a PM, tudo aconteceu depois que moradores fizeram barricadas com fogo, em protesto contra supostos abusos da polícia da comunidade.

O policiamento também foi reforçado na comunidade da Gardênia Azul, na mesma região.

As operações da Polícia Militar acontecem no momento em que traficantes da Cidade de Deus tentam tomar o controle de três comunidades, dominadas por milicianos. Já são 10 dias de confrontos na zona oeste do Rio.

Além da Cidade de Deus e da Gardênia Azul, o conflito atinge as comunidades da Chacrinha e Muzema, em um raio de nove quilômetros entre as regiões da Barra da Tijuca e Jacarepaguá. 

Para Carolina Grillo, socióloga da UFF, a disputa por territórios reflete a falta de uma política de segurança unificada no estado do Rio: "atualmente, não existe nem uma secretaria de segurança pública. Você tem a Polícia Civil atuando separadamente da Polícia Militar e uma série de outras instituições de estado que não conseguem entrar em certos territórios pra fiscalizar os mercados que são a base econômica desses grupos".

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