Polícia prende quadrilha que roubou R$ 7 milhões de banco
Criminosos praticavam uma nova modalidade de crime: o roubo digital
SBT News
A polícia de São Paulo desmontou uma quadrilha especializada em uma nova modalidade de crime: o roubo digital. Pelo menos seis pessoas foram presas depois de transferir R$ 7 milhões de um banco para contas de outros criminosos.
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A polícia chegou até a quadrilha de ladrões de banco graças a Gerson Pontes Leal, que era o segurança da agência bancária assaltada no dia 10 de agosto, na zona norte da capital paulista.
Os investigadores já tinham uma informação de que um grupo de criminosos preparava o ataque com apoio de um vigilante. As reuniões, que começaram um mês antes, em uma adega, foram fotografadas pelos policiais. Na última delas, quatro dias antes, o segurança participou.
"Ele facilitou a entrada através do fornecimento do controle da porta giratória, então eles entram na agência armada e fazem a rendição desse vigilante e dos outros que estavam na agência", afirma o delegado Rogerio Barbosa Thomaz.
Este não foi um assalto comum. Os ladrões fizeram o que vem sendo chamado de roubo digital. É uma nova modalidade, que preocupa a polícia. Os bandidos invadem a agência e obrigam o gerente a fazer dezenas de transferências bancárias para contas de outros criminosos. Só neste caso, foram usadas 98 contas, que receberam um total de R$ 7 milhões.
Nas imagens das câmeras de segurança do banco, é possível ver que os bandidos falavam com os donos das contas em tempo real, pra que eles fizessem transferências e saques imediatamente após o recebimento do dinheiro. Difícil de acreditar, mas os ladrões fizeram uma "live" do assalto.
Os policiais prenderam seis integrantes do bando e fizeram buscas nas casas deles. Parte do dinheiro foi encontrada. O próprio banco conseguiu bloquear R$ 3 milhões que foram roubados. Os donos das contas já foram identificados, e todos serão indiciados, também, pelo crime de roubo.
"Eles acreditam que estão participando de um estelionato, mas na nossa visão eles são tão importantes para o roubo quanto quem vai lá armado efetivamente", diz o delegado.
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