"Vagabundo", diz Eduardo Paes sobre delegado preso por cobrar propina
Maurício Demétrio fazia operações falsas contra rivais e cobrava dinheiro irregular de comerciantes no RJ
Primeiro Impacto
Eduardo Paes (PSD), prefeito do Rio de Janeiro (RJ), chamou o delegado Maurício Demétrio de "vagabundo" após o agente ser preso por cobrar propina de comerciantes e atrapalhar o trabalho da própria polícia. Demétrio fazia operações falsas contra rivais, inclusive contra o próprio prefeito carioca. "Mais um vagabundo travestido de 'Estado' e defensor da lei", afirmou Paes em uma rede social.
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Áudios obtidos pelo Ministério Público mostram o delegado cobrando propinas que prejudicavam o trabalho da corporação. Demétrio foi denunciado e uma segunda fase da operação em que o agente é o principal alvo foi desencadeada pelo MP. O delegado foi preso em junho, na primeira parte da ação policial.
As propinas eram cobradas de comerciantes que vendiam produtos falsificados em uma rua de comércio popular em Petrópolis, região metropolitana do Rio. A investigação descobriu que Demétrio comandava uma organização formada por outros policiais civis, um perito criminal e particulares.
Na época da prisão, foram encontrados R$ 225 mil em dinheiro no apartamento de Demétrio, além de 12 celulares e três carros de luxo blindados. O conteúdo obtido nos aparelhos levou a novas acusações contra o cobrador de propina.
Nas mensagens, o dinheiro ilegal era usado para alterar o resultado de investigações. A estrutura da polícia foi usada para armar falsas operações. Segundo o Ministério Público, "tudo tinha um preço" com o delegado, que responde por organização criminosa, obstrução de justiça e outros delitos.
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