Vaticano reconhece segundo milagre de Irmã Dulce, que será proclamada santa
A beata, que será a primeira mulher nascida no Brasil a ser canonizada, ajudou comunidades pobres em Salvador
SBT News
Maria Rita Lopes Pontes, a Irmã Dulce, conhecida como "Anjo Bom da Bahia", será proclamada santa após um segundo milagre ser atribuído a ela. Ela será a primeira mulher nascida no Brasil a ser canonizada. As informações foram divulgadas pelo site "Vatican News", canal oficial de comunicação do Vaticano, na manhã desta terça-feira (14).
A Arquidiocese de Salvador informou, sem entrar em detalhes, que o segundo milagre tem relação com a cura de visão de uma pessoa cega, que, simplesmente, acordou enxergando. A identidade da pessoa que recebeu a graça, o local onde tudo ocorreu e o ano não foram revelados.
Segundo o "Vatican News", o papa Francisco recebeu em audiência, ontem (13), o prefeito do Congregação das Causas dos Santos, cardeal Angelo Becciu, na qual autorizou o Dicastério vaticano a promulgar sobre a Irmã Dulce:
"Ao milagre, atribuído à intercessão da Beata Dulce Lopes Pontes (nome de batismo: Maria Rita Lopes de Sousa Brito), conhecida como Irmã Dulce – “O Anjo bom da Bahia”, recordada por sua obras de caridade e de assistência aos pobres e necessitados. Religiosa da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, a Beata Irmã Dulce nasceu em Salvador em 26 de maio de 1914 e ali faleceu em 22 de maio de 1992. Irmã Dulce foi beatificada em 22 de maio de 2011 e com este decreto será proclamada Santa proximamente em solene celebração de canonizações", revela um trecho da publicação do site.
O primeiro milagre atribuído à Irmã Dulce, que levou à sua beatificação, em 2011, trata da recuperação de uma paciente, em Itabaiana, no Sergipe, que estava com hemorragia pós-parto. Subitamente, o sangramento parou, sendo que a mulher estava desenganada pelos médicos.
A história de Irmã Dulce
Maria Rita Lopes Pontes, mais conhecida como Irmã Dulce, nasceu em Salvador, no dia 16 de maio de 1914, e morreu na mesma cidade, em 13 de março de 1992.
Filha de uma dona de casa e de um dentista, ela ganhou notoriedade por suas obras de caridade e de assistência aos pobres, que realizava desde a infância. O "Anjo Bom da Bahia" foi uma das mais importantes ativistas humanitárias do século XX.
Atualmente, as "Obras Sociais Irmã Dulce" (Osid) atendem cerca de 3,5 milhões de pessoas por ano, sendo um dos maiores complexos de saúde com serviço gratuito no país.