Saiba como é possível a formação de um tornado no agreste brasileiro
Fenômeno que destelhou casas em Alagoas é considerado incomum, segundo a Superintendência de Prevenção em Desastres Naturais do estado
Wagner Lauria Jr.
Um tornado atingiu a zona rural do município de Estrela de Alagoas, região do agreste, nesta quinta-feira (22). Na passagem da tempestade de vento, pelo menos 10 casas foram destelhadas.
O fenômeno é considerado incomum na região, segundo a Superintendência de Prevenção em Desastres Naturais (Semarh) do estado.
Por que a região foi atingida pelo tornado?
A descrição técnica dos tornados são ventos ciclônicos que rotacionam com alta velocidade em "um centro de baixa pressão que se materializa quando seu funil toca o chão conectando uma nuvem de tempestade ao solo", explica o metereologista Vinicius Nunes Pinho. No caso do município alagoano, o que favoreceu a formação do tornado foi uma mudança da direção e aumento da velocidade do vento.
Além disso, houve o escoamento do ar mais quente e úmido do leste, com o mais frio e seco vindo do sul, que estavam nas bordas de um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis, ou seja, um centro de baixa pressão que se forma nos altos níveis, fazendo com que o ar mais seco desça para superfície.
Nos vídeos, é possível ver bastante poeira circulando no tornado.
A nota da Semarh ainda diz que, no caso do Alagoas, o Vórtice está posicionado sobre o oceano, o que vem provocando bastante instabilidade no estado.
Tornado foi de baixa intensidade
Pela escala que mede a intensidade dos tornados, a Fujita, o fenômeno que atingiu o município é considerado de pequena proporção, já que a velocidade do vento é inferior 117 km/h e causa poucos danos.