"Estamos numa guerra, não há limitações", diz Pacheco sobre chuvas no Sul
Durante visita ao RS, presidente do Senado afirmou que burocracia será "retirada da mesa" para que nada falte ao Estado
Samir Mello
Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, afirmou que a burocracia será retirada da "mesa e da prateleira" para que nada falte ao Rio Grande do Sul para a sua reconstrução. Para ele, a medida é necessária por se tratar de uma situação de "guerra" e, portanto, não devem haver restrições legais de tempos comuns.
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"Nós estamos numa guerra e, numa guerra de fato, presidente Lula, eu sei que é o seu sentimento, não há limitações, não há restrições legais de tempos comuns. Há necessidade de retirar da prateleira e da mesa a burocracia, as travas e as limitações para que nada falte ao Rio Grande do Sul para a sua reconstrução. Fizemos isso na pandemia com muita altivez no âmbito do Congresso Nacional com proposta de emenda à constituição que apelidamos de PEC da Guerra, com inúmeras medidas legislativas excepcionais", disse Pacheco.
O presidente do Senado viajou a Canoas e Porto Alegre neste domingo (5) para conferir de perto os estragos causados pela chuva e os esforços nos resgates. Além de Pacheco, fizeram parte da comitiva o presidente Lula (PT), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL),o vice-presidente do STF, Luiz Edson Fachin e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas.
Regime jurídico transitório
Representante do STF no encontro, Fachin apresentou a possibilidade de um regime jurídico transitório para facilitar a tomada de decisões por parte de juízes em relação à reconstrução do Rio Grande do Sul.
"Aqui estamos para manifestar, mais do que a nossa solidariedade, aqui estamos juntos, o Judiciário está junto com os demais poderes da República e estará junto especialmente nessa perspectiva da adoção de um regime jurídico especial emergencial e transitório para a catástrofe ambiental no RS", afirmou.