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Deputada do PT é agredida por guardas municipais em Porto Alegre

Prefeitura diz que houve conflito entre "invasores" de prédio e Guarda Municipal

Deputada do PT é agredida por guardas municipais em Porto Alegre
Deputada sendo agredida com spray de pimenta (Reprodução/Twitter)
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A deputada estadual do Rio Grande do Sul Laura Sito (PT) foi agredida com spray de pimenta e bala de borracha por guardas municipais, neste sábado (16.set). A cena foi grava e publicada por Laura nas redes sociais.

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Segundo ela, a agressão ocorreu quando estava acompanhando uma ocupação de um prédio da prefeitura. "Eu estive nesta manhã na Ocupação Resistência, a convite do Movimento Nacional de Luta pela Moradia, como presidente da Comissão de Direitos Humanos. Uma ocupação que tem uma pauta super legítima, fazer com que aquele prédio saia da lista de prédios que serão vendidos pela prefeitura de Porto Alegre e seja destinado a moradia popular e cultura", diz Laura em um vídeo.

"Uma coisa fantástica no centro da nossa cidade. Infelizmente, quando a alimentação desses manifestantes estava chegando, a Guarda Municipal começou a agir com truculência e violência. Com gás de pimenta, gás lacrimogêneo, bala de borracha. Eu tô com a minha perna toda machucada com os estilhaços da bala de borracha".

Ainda de acordo com a deputada, quando estava indo à delegacia prestar depoimento sobre o ocorrido e fazer exame de corpo de delito, o prefeito Sebastião Melo lhe ligou e lhe afirmou que o prédio deixará a lista de prédios que serão vendidos pelo Executivo municipal e será destinado à sua função social.

"Claro que eu fico triste que uma decisão dessa só tenha sido explicitada depois da cena de violência que o Brasil todo testemunhou nas redes sociais durante essa tarde. É fundamental que a gente repense o papel da Guarda Municipal, que tem sido violenta em Porto Alegre rotineiramente, contra quem curte a orla, contra quem curte a Cidade Baixa, manifestações, etc.", prosseguiu.

"Nós queremos que sejam identificados os guardas que estavam sem a sua identificação, o seu nome na farda, para que eles respondam corretamente e nós possamos ter uma cidade mais humana".

Em nota divulgada no sábado, a prefeitura de Porto Alegre diz que o prédio, localizado na Rua dos Andradas, é ocupado irregularmente por um grupo de manifestantes e que "um procedimento administrativo será instaurado para apurar as circunstâncias do conflito ocorrido entre os invasores e a Guarda Municipal durante a ocorrência". "Na oportunidade, os agentes utilizaram gás de pimenta e munição de dispersão não-letal após tentativa de ingresso à área isolada".

Confira a íntegra do comunicado:

Após invasão durante a madrugada de prédio público municipal na rua dos Andradas, a Prefeitura de Porto Alegre realizou neste sábado, 16, rodada inicial de negociações com o grupo invasor a fim de recuperar o imóvel. Conforme negociação firmada entre secretários municipais e representantes do movimento, o prefeito Sebastião Melo receberá o grupo no Centro Administrativo Municipal Guilherme Socias Villela para avançar no debate.
O grupo de manifestantes ocupa irregularmente o edifício no Centro Histórico. Na negociação, ficou acordado que não haverá ingresso de novos manifestantes, estão asseguradas entregas de alimentação em horários previamente combinados e o prédio permanecerá isolado e monitorado pela Guarda Municipal e Brigada Militar.
"Há uma decisão já tomada pelo município, por orientação do prefeito Sebastião Melo, de retirada deste prédio da possibilidade de venda, e a destinação dele para habitação social. Lamentamos que isso não tenha sido feito em uma mesa de negociação, não necessariamente em um processo de ocupação", afirma o secretário municipal de Habitação e Regularização Fundiária, André Machado.
Por determinação do prefeito, um procedimento administrativo será instaurado para apurar as circunstâncias do conflito ocorrido entre os invasores e a Guarda Municipal durante a ocorrência. Na oportunidade, os agentes utilizaram gás de pimenta e munição de dispersão não-letal após tentativa de ingresso à área isolada.
"Este tipo de abordagem foge à normalidade das ações da corporação, que são pautadas no diálogo. Nenhum de nós tem interesse no conflito, na violência. Vamos garantir a segurança de todos até a conclusão do processo", destaca o comandante da Guard
a Municipal, Marcelo Nascimento.

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