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Brasil

Dependentes químicos invadem e destroem lanchonete no Centro de São Paulo

Nova dispersão de usuários da Cracolândia provocou mais uma onda de medo e insegurança na região

Imagem da noticia Dependentes químicos invadem e destroem lanchonete no Centro de São Paulo
lanchonete sendo invadida em sp
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A madrugada desta 4ª feira (06.jul) no Centro de São Paulo foi marcada por novas cenas de violência, após mais uma dispersão de usuários de droga na região.

Episódios que se tornaram frequentes desde maio, quando uma operação removeu dependentes químicos e pessoas em situação de rua da chamada Cracolândia, e que deram início a uma verdadeira onda de medo e insegurança entre os moradores e os comerciantes do centro da capital paulista.

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Câmeras de segurança da região captaram o que lembra um cenário de guerra. "Eles começaram a quebrar tudo, arrombar as portas... foi um horror. Sinceramente, foi um clima de guerra mesmo", diz o aposentado Eduardo Sérgio Ribeiro, que mora nas redondezas.

Imagens mostram o grupo de usuários de drogas rondando a região, até escolherem um alvo: uma lanchonete. Eles então se aglomeram, arrombam a porta e invadem o local. Pouco depois, eles saem com mercadorias, em sacolas.

O comércio pertence à família do Jefferson. "Ligaram para a gente 4 horas da manhã. Falaram que um grupo de marginais arrombaram a porta do bar, para a ente vir dar uma olhada no que aconteceu, no prejuízo dessa vez. É a segunda vez que acontece", relata o comerciante Jefferson Tavares.

No fim da manhã, em bando, os dependentes químicos voltaram a circular pelas ruas, com pedras e pedações de pau nas mãos. Um verdadeiro clima de horror para quem vive e trabalha no centro da capital paulista. "Há 30 anos, estamos nesse pedaço, e está cada vez pior. Não tem chance... está triste a situação", conta José Tavares, que é dono de um comércio.

Durante a confusão, os usuários também tentaram saquear outras 4 lojas, mas não conseguiram. Com a chegada da Guarda Civil Metropolitana, 4 homens foram presos. "Eles estavam bem organizados, tinham pessoas olhando nas esquina, vendo aproximação das viaturas, e eram aproximadamente 50 pessoas. Agora, eles estão nessa nova modalidade, que [os alvos] são os comerciantes", afirma a guarda-civil Thairine Ávila.

Com ataques acontecendo não apenas durante a madrugada, mas também em plena luz do dia, os comerciantes da região já consideram que a situação está fora do controle do Poder Público. Para eles, a solução tem sido eles mesmo investirem em medidas de segurança. "Eu sou dono de restaurante, e a gente está aqui na tensão. Porque vem descendo a Cracolândia, as pessoas começam a gritar 'tá descendo, tá descendo!'. Vem o fluxo, e a gente tem que fechar as portas", desabafa o comerciante José Tavares.

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