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Fraudes no auxílio emergencial em São Paulo na mira da PF

Grupo criminoso se apropriou de benefícios prejudicando pessoas de baixa renda. 18 policiais federais participam da "Operação Parasitas" em SP

Fraudes no auxílio emergencial em São Paulo na mira da PF
Fraudes no auxílio emergencial em São Paulo na mira da PF
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Os crimes eram cometidos da seguinte forma: agentes públicos com acesso ao CadÚnico eram cooptados pela associação criminosa para alterarem os dados de pessoas de baixa renda constantes do referido sistema de cadastramento, em especial, os nomes das mães e endereços.

Os membros da associação criminosa ligavam no canal de atendimento da Caixa Econômica Federal (CEF)  e solicitavam o encaminhamento dos cartões cidadãos para os endereços fictícios e em comum cadastrados pelos agentes públicos cooptados. Com a ajuda de um carteiro dos Correios, esses cartões chegavam à posse dos membros da associação criminosa; em sequência, na posse dos cartões desviados, os membros da associação telefonavam para a Unidade de Resposta Audível da CEF e realizavam o pré-cadastramento de suas senhas.

Depois disso, os membros dessa associação se dirigiam a uma lotérica situada na zona sul de São Paulo e efetivavam a confirmação daquelas senhas, com o auxílio de uma funcionária do estabelecimento, que recebia cerca de R$ 30,00 por senha confirmada. Por fim, o grupo executava os saques indevidos dos benefícios em diversas agências bancárias de São Paulo, sempre no exato dia e na primeira hora em que os benefícios eram liberados (dependendo do último número do NIS), a fim de evitar que os reais beneficiários identificassem as fraudes a tempo e os benefícios fossem bloqueados.

Participam da ação 18 policiais federais, os quais estão cumprindo 5 mandados de busca e apreensão (todos em São Paulo/SP) e 2 mandados de prisão preventiva (ambos em São Paulo/SP). Os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Criminal da Justiça Federal de São Paulo/SP.

Calcula-se que a associação criminosa tenha se apropriado de, pelo menos, 45 auxílios emergenciais, prejudicando pessoas de baixa renda que efetivamente necessitam do benefício para suportar os efeitos adversos da pandemia. 

A operação foi denominada Parasitas, pois ficou registrado que os membros da associação criminosa vêm, reiteradamente, há cerca de 4 anos, se apropriando, sugando, parasitando, recursos destinados pelo Governo Federal para a melhoria de vida de pessoas de baixa renda; além disso, grande parte dos membros não possui qualquer ocupação lícita, vivendo por conta de promover fraudes contra terceiros.
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