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Polícia

Assembleia do DF aprova projeto que proíbe portaria remota em condomínios maiores

Proposta semelhante tramita em São Paulo e prevê restrição ainda mais rígida, com limite de 30 unidades residenciais

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Um projeto de lei aprovado este mês pela Assembleia Legislativa do Distrito Federal proibiu o uso de portaria remota em condomínios com mais de 45 apartamentos. Em São Paulo, uma proposta parecida está em tramitação e impõe uma regra ainda mais rígida, com limite de 30 unidades.

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Em prédios menores, a portaria remota tem sido uma alternativa para cortar gastos. É o caso de um condomínio com 11 apartamentos, onde o sistema está em uso há cinco anos. O morador chega e entra apenas encostando um dispositivo, conhecido como tag, no portão eletrônico. O som do mecanismo ao liberar a entrada é característico.

Antes da mudança, o gasto com porteiros representava 70% do valor da taxa condominial, e a portaria remota ajuda na redução de custo.

Mas será que o sistema remoto garante mais segurança? No estado de São Paulo, os dados são preocupantes. A cada 20 minutos, um prédio é invadido por ladrões. Só nos três primeiros meses do ano, foram 475 ocorrências, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública. Na capital, uma invasão é registrada, em média, por dia.

Em um outro condomínio, com 338 apartamentos, a tecnologia usada inclui reconhecimento facial, além da presença de um porteiro 24 horas. Um funcionário também é responsável por fazer a triagem dos veículos que entram no prédio. O modelo une tecnologia e presença humana.

“Com maior número de unidades, tende a ser mais difícil o controle e até a execução do próprio processo da portaria remota”, avalia Roberto Moura, síndico do condomínio.

De acordo com especialistas em segurança pública, a presença de um porteiro não significa, necessariamente, mais proteção. Um levantamento feito por uma empresa de consultoria revelou que, de cada dez condomínios com porteiro presencial, seis foram invadidos sem dificuldades. Já nos prédios com portaria virtual, o número foi menor, de apenas quatro invasões.

“Se ele quer mais segurança, mais sensação, ele tem que pagar mais. Agora, se ele quer reduzir custo e financiar o risco que sobra, ele tem que migrar. Agora tem o meio-termo, que é uma portaria remota muito bem estabelecida, com um preço um pouco maior do que outras, que gera sensação de segurança e economia. Isso é importante”, explicou um especialista.

Mesmo assim, há quem prefira a presença física de um profissional na entrada.

“Fica uma coisa mais humanizada. Eu acho que faz toda a diferença, porque só o virtual ainda não tá bom. Acho que precisa de um pouco mais de melhoria para atender os moradores”, opina uma moradora.
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