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Justiça

Justiça nega prisão preventiva de policiais que mataram inocentes em SP

Juiz Leonardo Valente Barreiros, da 4ª Vara do Júri de São Paulo, entendeu que medida não é necessária

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operação policial
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A Justiça de São Paulo negou o pedido de prisão preventiva dos policiais e dos integrantes do Instituto de Nacional de Defesa e Promoção à Pessoa (Indep) que mataram dois inocentes durante uma falsa blitz.

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A Corregedoria da Polícia Civil e o Ministério Público pediram a prisão dos acusados, mas o juiz Leonardo Valente Barreiros, 4ª Vara do Júri de São Paulo, entendeu que a medida não é necessária. O magistrado recebeu a denúncia da Promotoria e instaurou o processo por duplo homicídio.

O crime aconteceu na madrugada do dia 25 de novembro do ano passado, na zona leste de São Paulo. Seis investigadores que trabalhavam no 24º Distrito Policial, e três dos chamados gansos, uma espécie de polícia paralela, montaram uma blitz que terminou com a morte de dois inocentes. Os gansos fazem parte do Indep.

O mecânico Guilherme Tibério Lima, de 25 anos, não percebeu a tal blitz e não parou o carro. Ele morreu com tiros nas costas. O primo dele, que estava no veículo, ainda foi espancado. José Domingos dos Santos, que catava latinhas na rua, foi morto com um tiro na cabeça. Policiais e gansos ainda alteraram a cena do crime e colocaram uma arma de brinquedo ao lado da mão do mecânico.

Todos vão responder ao processo em liberdade. O juiz Leonardo Valente Barreiros suspendeu o registro das armas dos gansos e proibiu que eles frequentem estandes de tiro. Já em relação aos policiais civis, o magistrado afirmou que os investigadores podem continuar trabalhando normalmente e armados.

O advogado da família do mecânico, que vai atuar como assistente de acusação no processo, disse que vai recorrer: "o DHPP deveria ter prendido em flagrante e na sequência nos tivemos uma coação no curso do processo, uma coação a um advogado que estava presente no DHPP. A sociedade e a família merecem essa resposta as cenas, por si só elas falam", afirmou Eduardo Soares Fonseca.

O chefe da Polícia Civil de São Paulo, Osvaldo Nico Gonçalves, disse à reportagem que um processo administrativo foi instaurado na Corregedoria para que os investigadores sejam demitidos a bem do serviço público. O Ministério Público também vai recorrer da decisão.

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