Ricardo Alarcón, ex-chanceler cubano próximo a Fidel Castro, morre aos 84 anos
Alarcón chegou a ser mencionado como possível sucessor de Fidel antes de seu irmão Raúl assumir a liderança do país em 2008
SBT News
Ricardo Alarcón, que foi presidente do Parlamento de Cuba entre 1998 e 2013 e um dos diplomatas mais proeminentes do país, morreu em Havana, neste domingo (1º.mai), informaram autoridades do governo comunista. Alercón tinha 84 anos.
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"A Ricardo Alarcón de Quesada, mestre dos diplomatas de nossa geração, guardaremos sempre profundo respeito, admiração e infinito carinho. Obrigado pelo privilégio e honra de ter sido sua discípula", disse a vice-ministra Josefina Vidal no Twitter.
Alarcón foi o conselheiro de confiança de Fidel Castro e de seu irmão e sucessor Raúl. Também foi um negociador-chave em conversas difíceis com os Estados Unidos em questões como imigração e esteve fortemente envolvido nos esforços para garantir a libertação de cinco agentes de inteligência cubanos detidos na Flórida, em 1999. No entanto, Alarcón não participou diretamente das negociações que levaram ao degelo da ilha por Washington em 2014, sob a direção dos presidentes Barack Obama, já que havia deixado a vida pública.
Ele foi um dos principais líderes e membro do seleto gabinete político do Partido Comunista, chegando a ser mencionado como um possível sucessor de Fidel Castro antes de seu irmão Raúl Castro assumir a liderança do país em 2008.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, lamentou a morte de Alarcón, no qual chamou de "camarada revolucionário". Evo Morales, ex-presidente da Bolívia, também utilizou as redes sociais para homenagear o diplomata. "Dedicou sua vida a revolução cubana."
*Com informações da Associated Press