Casa Branca é protegida com grades de ferro no dia das eleições
A instalação da proteção extra aconteceu no começo da noite de ontem. As ruas no entorno da sede do governo federal americano já estavam fechadas há dias.
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colocação de cercas na Casa Branca/Patrícia Vasconcellos
Washington DC - Sete horas da noite de segunda-feira, na véspera da eleição considerada a mais importante da história recente dos Estados Unidos. Ao sair da Casa Branca, um cenário diferente. Vários homens instalavam às pressas grades de ferro acopladas uma a uma. O acesso à sede federal do governo americano já estava restrito há dias. As ruas no entorno estão fechadas e o trânsito já era proibido para carros e pedestres. A proteção que lembra um muro dá a entender que o governo americano espera protestos após o fim da votação nesta terça-feira (03.nov). O clima em Washington, no entanto, no domingo e ontem, foi de tranquilidade. Com ruas desertas e comércios protegidos havia pouca gente circulando na região central da capital americana.
Hoje no dia tão esperado a expectativa é como a população irá se comportar a depender do resultado das urnas. Donald Trump voltou à Casa Branca na madrugada depois de uma série de comícios em estados que serão decisivos porque mostram uma disputa acirrada entre republicanos e democratas. Nesta terça-feira (3.nov) o presidente americano deixa a Casa Branca cedo e vai à Arlington, na Virginia, visitar um escritório do partido democrata. Vai ser uma parada rápida. A volta à Washington está prevista para às 11h (13h horário de Brasília). Depois disso, a agenda de Trump permanece vazia. É possível uma atualização ao longo do dia já que na segunda-feira (02.nov) o presidente dos Estados Unidos afirmou que seus advogados acionarão a justiça assim que a votação acabar porque ele não considera correto o fato de que no estado da Pensilvânia a contagem dos votos por correspondência seja permitida até o dia 6 de novembro. "É muito ruim não termos um resultado imediato, a noite, em um país moderno como os Estados Unidos" disse Trump aos jornalistas quando ainda estava em viagem.
O resultado
Uma das perguntas mais frequentes é quando mundo saberá quem ganhou as eleições do dia 3 de novembro. A resposta exata é incerta. Pela primeira vez na história os Estados Unidos abriram a votação antecipada com dias a mais por conta da pandemia. E pela primeira vez o voto por correspondência (permitido em eleições passadas) foi autorizado para todo e qualquer eleitor para evitar risco de contágio pela covid-19 nos centros de votação. Como o sistema de envio pelo serviço postal pode atrasar, a justiça americana autorizou alguns estados ? como a Pensilvânia ? a contar esses votos até o dia 6 de novembro.A Pensilvânia é um estado considerado importante e tem 28% de chances de ser decisiva. O estado tem 20 delegados. Em 2016 Trump venceu Hillary Clinton ali por uma pequena margem de 0,7 por cento. A Decision Desk HQ mostrou Biden com chances de vitória na Pensilvânia e uma pesquisa patrocinada pelo The New York Times e Siena College apontou vantagem do democrata em relação à Trump ali.
Na Carolina do Norte, são 15 delegados e segundo pesquisa da Decision Desk HQ : Joe Biden tem 55% de chances de ganhar ali.
Outro lugar decisivo é a Florida. Com 29 delegados, o estado tem 14.3% de chances de ser decisivo na decisão final. Se Joe Biden ganhar ali e na Carolina do Norte é possível que o resultado saia na madrugada desta quarta-feira, dia 4. Mas a vitória nestes estados não é certa porque as pesquisas de intenção de voto mostram uma disputa acirrada. Se Trump ganhar na Flórida e a contagem da Pensilvânia for mais demorada pode ser que o resultado saia em mais tempo.
Nos últimos dias, reportagens de veículos americanos indicaram que Donald Trump declararia vitória mesmo sem a conclusão total da apuração se ele estiver ganhando em estados decisivos. O presidente negou que isso irá acontecer. A festa desta noite na Casa Branca, por enquanto, segue confirmada. Serão cerca de quatrocentos convidados reunidos no ?East Room?.
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