Nunes Marques vota contra inelegibilidade de Bolsonaro; placar é de 4x2
Tribunal Superior Eleitoral já tem maioria para condenar ex-presidente por abuso de poder
O ministro Kassio Nunes Marques votou, nesta 6ª feira (30.jun), contra a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), entretanto, já tem maioria para condenar o integrante do PL.
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Além de Nunes Marques, apenas Raul Araújo divergiu do relator, ministro Benedito Gonçalves. Acompanharam este os ministros Floriano Marques, André Tavares e Cármen Lúcia.
Falta votar no julgmento da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) protocolada pelo Partido Democrático Trabalista (PDT) apenas o ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE. Bolsonaro é julgado pela reunião com embaixadores estrangeiros, realizada no Palácio da Alvorada em julho do ano passado, na qual difamou sem provas o sistema eleitoral brasileiro.
Nunes Marques, como Raul Araújo, Cármen Lúcia, Floriano Marques, André Tavares e Cármen Lúcia, votou para absolver Walter Braga Netto das acusações feitas pela Aije.
Ao votar no julgamento desta 6ª feira, Nunes Marques disse que o sistema eletrônico de votação brasileiro é a "pedra angular" da democracia do país e ele (ministro) tem como "irrefutável a integridade do sistema eletrônico de votação". Para o magistrado, entretanto, a atuação de Bolsonaro na reunião do ano passado não se voltou a obter vantagem sobre os demais participantes das eleições presidencias de 2022 nem faz parte de tentativa concreta de desacreditar o resultado do pleito. O objetivo do político com aquele evento, segundo Nunes Marques, foi promover confrontação pública com o então presidente do TSE, ministro Luiz Edson Fachin.
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