Estados Unidos vão enviar tanques M1 Abrams para a Ucrânia

O governo dos Estados Unidos informou nesta 4ª feira (25.jan) que irá enviar 31 tanques M1 Abrams para a Ucrânia. O anúncio acontece horas após a Alemanha concordar em fornecer 14 tanques Leopard 2 para ajudar a Ucrânia contra a invasão russa. 

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O envio dos blindados norte-americanos era uma condição imposta por Berlim para liberar os tanques de fabricação alemã e rompe com meses de argumentos persistentes do governo dos EUA de que os blindados M1 Abrams eram muito difíceis para as tropas ucranianas operarem, além de custosos.

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Em declarações na Casa Branca, Joe Biden afirmou que o envio dos tanques aumentará a capacidade da Ucrânia de "defender seu território e atingir seus objetivos estratégicos" contra a invasão russa e agradeceu ao chanceler alemão, Olaf Scholz, pelo compromisso em apoiar Kiev. 

"A expectativa por parte da Rússia é que vamos nos separar. Não vamos ficar unidos. Mas estamos totalmente, completamente, totalmente unidos", disse Biden, que reforçou: "Sou grato ao chanceler Scholz por fornecer os tanques alemães Leopard 2 e liderarei um esforço para organizar uma contribuição européia de dois batalhões de tanques para a Ucrânia." 

Biden também anunciou um pacote de ajuda de US$ 400 milhões que inclui oito veículo de recuperação M88, que servem para rebocar o Abrams caso ele fique preso. A chegada dos tanques, no entanto, deve demorar.

Segundo o presidente americano, apesar dos blindados serem eficientes, "eles também são extremamente complexos de operar e manter.".

"Entregar esses tanques no campo vai levar tempo. Tempo que usaremos para garantir que os ucranianos estejam totalmente preparados para integrar os tanques Abrams em suas defesas.", afirmou.

Guerra

O envio dos blindados marca uma nova fase da guerra. Os aliados da Ucrânia já haviam enviado tanques para o país, mas a maioria era de fabricação soviética. Considerados os tanques mais modernos no mercado, o Leopard 2 e M1 Abrams servirão para recapturar territórios ocupados pela invasão russa, além de romper com as linhas de defesa de Moscou.

Rússia

Segundo a Rússia,  a escalada na ajuda militar ocidental é "extremamente perigosa"  e "bastante desastrosa". Em comunicado, o embaixador da Rússia na Alemanha, Sergey Nechayev, afirmou que a medida "muda o conflito para um novo nível de confronto e contradiz as declarações de políticos alemães sobre sua relutância em se envolver na guerra".

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"Estamos vendo mais uma vez que a Alemanha, assim como seus aliados mais próximos, não está interessada em uma solução diplomática para a crise na Ucrânia", disse Nechayed. 

Biden, no entanto, ressaltou que a decisão não e uma declaração de guerra e nem "uma ameaça ofensiva à Rússia".