Padilha quer votar Carf e regulação de crédito de carbono "o mais rápido possível"
Ministro citou prioridades no campo econômico e confirmou aproximação do governo ao Republicanos e PP
Lis Cappi
O avanço do voto de qualidade para o Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf) e a regulação do mercado de carbono foram elencadas pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, como temas prioritários ao governo. Com o anúncio de votar as medidas "o mais rápido possível", Padilha levou as demandas à reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e líderes do governo nesta 3ª feira (1º.ago).
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Entre outros temas econômicos, o ministro também citou propostas enviadas pelo Ministério da Fazenda para facilitar o acesso a crédito, e a intenção em concluir a reforma tributária no 2º semestre.
"Prioridade absoluta para votação desses quatro projetos. O Carf, os dois projetos, o de garantia de crédito que o Ministério da Fazenda mandou, são dois projetos que barateiam o crédito, e a votação da reforma tributária. Além disso, a nossa prioridade na pauta da transição ecológica, entre os temas fundamentais, é o novo marco regulatório para crédito de carbono", afirmou Padilha.
O ministro ainda disse que a intenção do governo é aliar os avanços econômicos com medidas de preservação ambiental, e que a tendência é de apoiar as mudanças implementadas pelo Senado em relação à reforma tributária. Pela tramitação, a reforma ainda vai voltar à Câmara após conclusão entre senadores.
Crédito de carbono
Negociada pelo conselhão e defendida pelo Ministério do Meio Ambiente, Padilha disse que os projetos relacionados para regulação do mercado de carbono estão sendo finalizados pelo Ministério da Fazenda, e que a tramitação deve ser negociada com a senadora Leila Barros (PDT-DF), que vai assumir os projetos no Senado.
Aproximação ao Centrão
O ministro também confirmou intenção do governo em se aproximar do Republicanos e do Partido Progressista - que fazem parte do chamado Centrão. "Tem interesse sim do governo em atrair a bancada do Republicanos, a bancada o PP, que sugeriu os nomes da Câmara dos Deputados", disse. Segundo Padilha, as negociações serão feitas ainda em conversas com líderes dos partidos e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT): "Quem vai definir isso é o presidente Lula".
Juros
Padilha ainda considerou haver possibilidade de início da taxa básica de juros no país. "O governo e Congresso Nacional construíram todas as condições necessárias para que o Brasil inicie uma trajetória decrescente de juros", defendeu. A afirmação concide com reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por definir a taxa de juros no país. Outros ministros do governo também intensificaram ações para pressionar por uma redução da Selic.
