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Governo

"Não mexe com a tranquilidade do governo", diz Lula sobre inelegibilidade de Bolsonaro

Ex-presidente foi condenado pelo TSE por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação

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Lula visitou seleção feminina de futebol durante treino em Brasília | Reprodução/YouTube
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou, neste sábado (1.jul), a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível pelos próximos oito anos. Para o petista, a decisão da Corte "não mexe com a tranquilidade do governo". 

"É um problema da Justiça. Não é problema meu. Ele sabe o que ele fez, se ele acertou, ele será recompensado. Se ele errou, ele será julgado e será punido pelo erro que cometeu. Isso é um problema da Justiça que não mexe com a tranquilidade do Governo", disse o titular do Palácio do Planalto. 

A fala ocorreu durante visita do presidente ao treinamento da seleção brasileira de futebol feminino, que neste domingo (2.jul) fará sua última partida antes da Copa do Mundo. As brasileiras jogam contra o Chile, no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília. 

Lula também foi questionado sobre a semana de esforço concentrado na Câmara dos Deputados. O presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL), sinalizou uma força-tarefa para votar pautas econômicas de interesse do Governo, como o novo marco fiscal.

"O presidente da República não fica nervoso com a votação no Congresso. Eu não perco nenhuma noite de sono. A gente manda pra lá o projeto, manda a Medida Provisória e o Congresso tem o tempo dele pra se reunir e votar, o Senado tem o tempo dele. Não são obrigados a concordar 100% com o Governo, eles podem propor mudança. E a gente pode aceitar ou não, e assim a vida segue", defendeu.

Mais cedo, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), também comentou a condenação do ex-presidente, que classificou como "pedagógica". "Não tem como participar de um jogo se você atenta contra as regras do jogo e foi exatamente o que o Bolsonaro fez. Ele vem atentando contra a democracia. A extrema-direita tem que aprender o processo democrático", disse Gleisi a jornalistas na saída de painel do qual participou, no 26º Foro de São Paulo. 

Condenação 

O TSE condenou, nesta 6ª feira (30.jun), o ex-presidente Jair Bolsonaro por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação na reunião com embaixadores, em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada. Na ocasião, o então chefe do Executivo atacou, sem provas, o sistema eleitoral brasileiro. 

O julgamento começou em 22 de junho e precisou de quatro sessões para chegar ao fim. O resultado final ficou em 5 votos a 2 pela condenação do ex-presidente. Os ministros da Corte votaram pela absolvição de Walter Braga Netto, vice na chapa de Bolsonaro em 2022, das acusações.

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