Haddad diz que não aceitará déficit fiscal e faz críticas a Bolsonaro
Em discurso de posse como ministro da Fazenda, também afirmou que é preciso "reconstruir a casa"
Milena Teixeira
Em seu primeiro discurso como ministro da Fazenda, Fernando Haddad falou sobre o déficit fiscal, criticou a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e disse que é preciso redesenhar programas e combater a inflação. O petista tomou posse na manhã desta 2ª feira (2.jan), no Centro Cultural do Banco do Brasil, em Brasília.
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Haddad afirmou que o governo de Lula não aceitará o déficit fiscal previsto para 2023. O ministro também disse que não há mágica e nem malabarismos financeiros para solucionar as contas: "Não aceitaremos um resultado primário que não seja melhor do que os absurdos 220 bilhões de déficit previstos no Orçamento para 2023", disse.
"Temos um rombo praticado pela insanidade. Não aceitaremos esses resultados primários da Lei Orçamentaria. Vamos trabalhar arduamente para rever todos os atos. Assumo o compromisso de enviar ao Congresso Nacional, no primeiro semestre, um novo arcabouço fiscal que organize as contas públicas. Não queremos nem mais nem menos. Queremos o direito dos cidadãos respeitados -- e isso inclui a responsabilidade fiscal", completou Haddad.
Ao falar sobre o governo de Bolsonaro, o ministro de Lula disse que, na última gestão, houve duros golpes e atos irresponsáveis que acabaram com os filtros de seleção de beneficiários de programas de renda. "Eles desobedeceram qualquer que não fosse para ganhar eleição. Tivemos uma péssima Esses são os patriotas que deixam o poder", declarou.
