"O que o Peru e a América do Sul precisam neste momento é diálogo", diz Lula
Presidente eleito se manifestou sobre a destituição de Pedro Castillo
Guilherme Resck
O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse nesta 4ª feira (7.dez) ter acompanhado "com muita preocupação" os acontecimentos que levaram à destituição de Pedro Castillo da Presidência do Peru.
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"É sempre de se lamentar que um presidente eleito democraticamente tenha esse destino, mas entendo que tudo foi encaminhado no marco constitucional", complementou Lula, em comunicado. Ainda de acordo com ele, neste momento, o que o Peru e a América do Sul precisam é "diálogo, tolerância e convivência democrática, para resolver os verdadeiros problemas que todos enfrentamos".
Castillo foi preso pela Polícia Nacional peruana após a destituição. Esta ocorreu por denúncias de golpe de Estado devido a uma tentativa do político de dissolver o Parlamento do país. A vice-presidente, Dina Boluarte, assumiu como chefe do Executivo com a saída de Castillo. Lula afirmou esperar que ela "tenha êxito em sua tarefa de reconciliar o país e conduzi-lo no caminho do desenvolvimento e da paz social". "Espero que todas as forças políticas peruanas trabalhem juntas, dentro de uma convivência democrática construtiva, a única forma capaz de trazer paz e prosperidade ao querido e fraterno povo peruano".
Ele encerra o comunicado dizendo que seu governo trabalhará incansavelmente "para reconstruir a integração regional, para o que a amizade entre o Brasil e o Peru é fundamental". Mais cedo, nesta 4ª feira, o Itamaraty também emitiu uma nota sobre o ocorrido no país vizinho. Segundo a pasta, a tentativa do agora ex-presidente peruano de dissolver o Congresso e o anúncio pelo político de um chamado governo de emergência excepcional são "incompatíveis com o arcabouço normativo constitucional" local e "representavam violação à vigência da democracia e do Estado de Direito".
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