Varejo deve faturar R$ 4,2 bilhões na Black Friday, diz CNC
Montante é 1,1% superior ao registrado no mesmo período do ano passado
Guilherme Resck
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê que o varejo faturará R$ 4,2 bilhões na Black Friday deste ano. O montante é 1,1% superior ao registrado no mesmo período do ano passado e, caso confirmado, será a maior movimentação financeira na Black Friday no país desde que esta foi incorporada ao calendário do varejo brasileiro, em 2010.
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Segundo a CNC, as vendas do setor varejista devem crescer 1,3% em 2022, frente ao registrado em 2021. A entidade acrescenta que as promoções da 6ª feira negra "e da Copa do Mundo é um dos fatores que indicam tendência de elevação das vendas no varejo até o fim deste ano".
A Black Friday, a quinta maior data do comércio varejista no território nacional (atrás do Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais), está marcada para 25 de novembro. Normalmente, relembra a confederação, ela ocorre na última 6 feira de novembro, "mas os descontos já são oferecidos nos dias antecedentes, que, este ano, coincidirão, justamente, com a primeira semana da Copa do Mundo do Catar". A Copa começará em no próximo dia 20. A CNC estima que as vendas relacionadas ao evento impactarão em R$ 1,4 bilhão o faturamento do varejo no Brasil, "movimentando especialmente os ramos de móveis e eletrodomésticos e de artigos pessoais e eletroeletrônicos".
"Esses dois segmentos devem ser responsáveis por 48% da movimentação prevista na Black Friday (R$ 1 bilhão e R$ 920 milhões, respectivamente). A tendência é que o ramo de hiper e supermercados alcance R$ 910 milhões e o de vestuário, calçados e acessórios gire em torno de R$ 700 milhões", complementa o comunicado.
Segundo Fabio Bentes, economista da entidade responsável pela pesquisa, na 6ª feira negra, "apesar da tendência de desaceleração da inflação, o processo de encarecimento do crédito deverá impedir um avanço mais significativo nas vendas, em uma data caracterizada pela predominância do consumo de bens duráveis, que são, tradicionalmente, mais dependentes das condições de crédito".
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