Para oposição, decisão sobre rebaixamento da pandemia não cabe a Bolsonaro
Já os deputados da base governista avaliam que a medida deve ser colocada em prática
O anúncio feito pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta 5ª feira (3.mar) de que a atual classificação da pandemia de covid-19 no Brasil poderá ser rebaixada para endemia repercutiu entre os parlamentares.
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A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) criticou a possibilidade e afirmou, nas redes sociais, que o "presidente e seu ministro da Saúde não se importam mesmo com a vida dos brasileiros e brasileiras".
Ontem, chegamos à triste marca de 650 mil brasileiros mortos pela covid-19.
? Jandira Feghali ??? (@jandira_feghali) March 3, 2022
Hoje, Bolsonaro afirma que pensa em reduzir a situação do país de pandemia para ENDEMIA.
Esse presidente e seu ministro da Saúde não se importam mesmo com a vida dos brasileiros e brasileiras.
O deputado federal Alexandre Padilha (PT-AP) ressaltou o papel da Organização Mundial da Saúde (OMS) para definir quando poderá haver mudança nesta classificação.
Quem tem que dizer que a pandemia, que afeta o mundo todo, acabou, é a OMS, não o desinformado e despreparado governo Bolsonaro pic.twitter.com/0oCter21fg
? Alexandre Padilha (@padilhando) March 3, 2022
Já entre os parlamentares que fazem parte da base do governo, o deputado Carlos Jordy (União-RJ) disse, no Twitter, que a "turma do fica em casa" é que iria criticar o anúncio.
Presidente Bolsonaro anunciou q estuda, junto com o Min. Queiroga, rebaixar p/ endemia a situação da COVID no Brasil. Sabe quem irá criticar a medida? A turma do "fica em casa", q defende fechamento de comércios, mas pulou carnaval aglomerando sem focinheira e zero distanciamento
? Carlos Jordy (@carlosjordy) March 3, 2022
A deputada Bia Kicis (União-DF) destacou o anúncio em suas redes sociais.
Estamos seguindo os passos de vários outros países. Na torcida para que tudo dê certo! pic.twitter.com/zgoAfyoLJN
? Bia Kicis (@Biakicis) March 3, 2022
Na postagem que fez nesta 5ª feira (3.mar), o presidente Jair Bolsonaro citou a desaceleração da contaminação para justificar o que classificou como rebaixamento da doença.
De acordo com o Ministério da Saúde, nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 335 mortes e 29.841 casos conhecidos. Os números ainda sofrem influência do feriado prolongado de Carnaval, em que há represamento das notificações.