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Congresso

Vendedor da Davati vê disputa interna na Saúde por compra de vacinas

Cristiano Carvalho disse à CPI que ficou sabendo de "comissionamento extra" na aquisição das doses

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Renan Calheiros
• Atualizado em
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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia ouviu nesta 5ª feira (15.jul), durante mais de seis horas, o representante de vendas da Davati Medical Supply Cristiano Carvalho. Ele relatou aos senadores uma disputa interna de grupos no Ministério da Saúde na compra de vacinas e citou que teve conhecimento sobre um pedido de "comissionamento extra" para a aquisição de doses pela pasta. 

Carvalho foi convocado após o policial militar e vendedor Luiz Dominghetti ter denunciado pedido de propina de US$ 1 por dose na aquisição de 400 milhões de vacinas da AstraZeneca pelo Ministério da Saúde. A proposta teria sido feita em 25 de fevereiro pelo ex-diretor de Logística da pasta Roberto Dias. À CPI, Dias negou que tenha feito a cobrança. 

"A informação que veio a mim -- vale ressaltar isso -- não foi o nome propina, tá? Ele usou comissionamento. Ele se referiu a esse comissionamento sendo do grupo do tenente-coronel Blanco e da pessoa que o tinha apresentado ao [ex-assessor da Saúde e coronel da reserva Marcelo] Blanco, que é de nome Odilon", disse Carvalho. 

Segundo o vendedor, a partir de fevereiro teria sido procurado de maneira "insistente" por integrantes do ministério. "Foi uma oportunidade a questão das vacinas. Eu não queria realmente participar disso, mas, pela forma insistente com que eu fui contactado tanto pelo do Dominghetti, quanto por alguns representantes do ministério, dando fulcro de credibilidade a isso, embarquei nesta jornada para tentar inclusive resolver o problema que, no Brasil, a gente tinha naquele momento."

Aquisição de imunizantes

Carvalho afirmou à CPI que, aparentemente, existiam dois caminhos "completamente diferentes" dentro do ministério par aa compra de vacinas: um via o ex-secretário executivo Élcio Franco e outro via Roberto Dias. 

"Havia dois caminhos dentro do ministério, aparentemente -- um era via Elcio Franco e um era via Roberto Dias --, e um não sabia do outro. O caminho que ele tentou via Roberto Dias, aparentemente, não prosseguiu por conta de algum pedido que foi feito lá -- segundo chegou para mim num primeiro momento -- como grupo do Blanco ou o grupo do Odilon", completou. 

Veja reportagem do SBT Brasil:

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