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Brasil

Agressões ao meio ambiente explicam as altas temperaturas, diz especialista

Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental vê o desmatamento e combustíveis fósseis como violões do clima

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termometro marcando 42 graus
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O mês de novembro de 2023 já entrou para a história como um dos mais quentes de todos os tempos, com temperaturas em torno de 40°C em várias partes do país. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) ampliou nesta 2ª feira (13.nov) o Alerta Vermelho para 15 estados e o Distrito Federal. O alerta é emitido quando há riscos para a integridade física e a vida humana.

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Estados sob Alerta Vermelho: Amazonas, Rondônia, Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Goiânia, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Piauí, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Maranhão, Distrito Federal. 

Na zona oeste da cidade de São Paulo, os termômetros marcavam 42ºc, enquanto no Rio de Janeiro, a sensação térmica chegou ao 52,7ºC. Esse calorão dos últimos dias, com chuvas torrenciais em determinada região e seca em outra, é resultado da ação humana, como explica o presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental, Carlos Bocuhy.

Segundo ele, um dos grandes problemas é causado pelo uso de combustíveis fósseis. "Cada vez que você utiliza o automóvel, está lançando emissões de gases do efeito estufa, carbono, e esses gases vão permanecer na atmosfera de 100 a 800 anos".

Tem ainda as emissões pelas fábricas e a queima de gás natural. Outro fator é o fenômeno El Niño, que eleva a temperatura das águas do Oceano Pacífico, impactando o clima na América do Sul. 

O Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática da ONU (IPCC) recomenda a redução de quase metade das emissões atuais para que a temperatura global só aumente 1,5º até 2030, o que já deverá provocar catástrofes humanitárias e um prejuízo de R$ 54 trilhões.

A preservação das florestas, particularmente a amazônica, que poderia compensar esse cenário, é outro desafio: "O Brasil tem registrado retirada de massa florestal da ordem de 10, 11 mil quilômetros quadrados por mês", enfatiza Carlos Bocuhy. "O que significa que nós estamos desmatando cerca de 2 campos de futebol por minuto".

O especialista propõe mudanças de hábitos cotidianos, como menos transporte individual e mais coletivo, reduzir o consumo de energia e o uso de materiais recicláveis.

O presidente da Cooperativa de Reciclagem Crescer, Jair do Amaral, encaminha para as empresas, diariamente, 15 toneladas de plástico, papel e alumínio coletados na cidade de São Paulo. "Com a reciclagem, a gente evita o desperdício de matéria-prima, extraída do meio ambiente, como a areia, o petróleo e as árvores". Ele conclui: "O esforço de cada um faz o todo e o todo colabora com o meio ambiente".                  

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