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Brasil

"Mães Guardiãs": programa tenta reverter evasão escolar em São Paulo

No Brasil, cerca de 2 milhões de crianças e adolescentes não frequentam a escola, segundo Unicef

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Nos passos firmes de Thaís, o futuro de muitas crianças e adolescentes. Ela é uma das 5 mil mães que fazem buscas ativas nas casas de alunos da capital paulista. A missão é ir atrás de estudantes que, por algum motivo, deixaram de frequentar as aulas.

Por meio desta iniciativa, o programa "Mães Guardiãs" tenta reduzir a evasão escolar na maior metrópole do país. "De 10, eu consigo trazer de volta 6", conta Thaís Custódio.

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Basta o aluno faltar três vezes seguidas, sem justificativa, para as mães do projeto baterem na porta da família. São muitos os motivos da evasão escolar: o desemprego, a falta de incentivo em casa, alunos que não entendem o que o professor fala.

Thaís também cita dificuldades como o transporte. "A falta de perua mesmo, das condições. [E é caro, né?] É um pouco caro", ela observa.

Além disso, muitos alunos que ficaram em casa no auge da pandemia ainda não se adaptaram à vida social da rotina escolar. Um problema que atinge toda uma geração. "Em educação, sempre há chances de se recuperar o que foi perdido. Com certeza, podemos reconstruir os integrantes dessa geração e essa geração inteira", argumenta a diretora do Centro de Políticas Educacionais da FGV, Claudia Costin.

Para participar do programa "Mães Guardiãs", é preciso ter entre 18 e 59 anos, morar na capital paulista, ter filho matriculado na rede municipal de ensino, estar desempregada há mais de 4 meses, não receber seguro-desemprego e ter renda de até meio salário mínimo por pessoa da família.

O valor da bolsa-auxílio passa de R$ 1.300 por mês. A carga horária é de 6 horas, por dia, de segunda a sexta-feira. Para quem estava desempregada, é uma chance de recomeçar.

Graças ao trabalho de Mãe Guardiã, a própria Thaís conseguiu completar os estudos. No ano passado, ela terminou o Ensino Médio e, agora, quer fazer faculdade de pedagogia. "Porque me abriu a mente, e eu vi que é o que eu quero", ela conclui.

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