Após ano turbulento, especialistas dão dicas para manter a saúde mental
Com pandemia, guerras e eleições, os casos de ansiedade e depressão dispararam em todo o mundo
Simone Queiroz
Após um 2022 turbulento com pandemia, guerras e eleições, os casos de ansiedade e depressão dispararam em todo o mundo. Por isso, a busca pela saúde mental deve ser um importante propósito para este ano. Especialistas mostram que é possível adotar medidas simples no dia-a-dia que favoreçam o bem-estar da nossa mente.
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Nos últimos anos, temos sido desafiados a manter a calma, a tranquilidade, e nem todos conseguiram. Desde o início da pandemia, nós tivemos uma aumento da prevalência de depressão e ansiedade em todo o planeta. No Brasil, aumentaram expressivamente os atendimentos relacionados à saude mental. Agora em 2023, que tal respirar?
A sugestão é da Monja Cohen, missionária da Tradição Zenbudista no Brasil. "Isso nos traz para o eixo de equilíbrio", afirma ela. "Não é mágica, é fisiologia do corpo, oxigenação das células. Você pode olhar a problemática da vida, as questões, as dificuldades, as contas, os relacionamentos que estão complicados, com seu coração mais tranquilo para encontrar soluções adequadas", acrescenta.
A verdade é que nem sempre estamos preparados para tanta coisa ao mesmo tempo, o que gera frustações, explica o psicólogo Wagner Lara Machado, doutor pela PUC do Rio Grande do Sul. É preciso atenção às nossas reações, buscar ajuda profissional e ter auto cuidado.
"Vai desde o cuidado com exercício físico, com alimentação, sono, controle financeiro, metas profissinais, de carreira... É preciso planejamento, constância, motivação e organização para que essas metas, de fato, sejam atendidas" diz o especialista.
A terapeuta holística Dany Oyola buscou todos esses caminhos. Além da yoga e da meditação diárias, faz terapia. Tudo ajudou a enfrentar a depressão, após um relacionamento abusivo e também a morte de familiares e amigos pela covid: "Passei a ficar mais feliz, passei a ser mais grata por tudo que me acontece. Foi um processo de transformação".
"Se a gente olhar só para as coisas prejudiciais, vamos ficar todos deprimidos, mas tem coisas bonitas acontecendo também. Tem pessoas desenvolvendo a solidariedade, oferecendo alimentos, cuidando de bichinhos, de plantas, cuidando dos outros, isso nos faz bem", conclui a Monha Cohen.
