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Política

Bolsonaro diz que anistia é assunto do Congresso e "ninguém tem que se meter em nada"

Ex-presidente participou de ato em Brasília pela anistia aos envolvidos no 8 de janeiro

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Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
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Na manifestação realizada na tarde desta quarta-feira (7), em Brasília, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez críticas às articulações do Supremo Tribunal Federal (STF) e do governo sobre a anistia para os condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Segundo Bolsonaro, a decisão cabe exclusivamente ao Congresso.

“A anistia é um ato político e privativo do parlamento brasileiro. O parlamento votou, ninguém tem que se meter em nada”, afirmou do alto de um trio elétrico.

A fala foi interpretada como uma resposta às articulações entre ministros do Supremo e lideranças do Congresso para criar alternativas ao projeto de lei da anistia — que incluem aumentar as penas para organizadores e financiadores dos atos, mesmo que reduzam para os demais envolvidos.

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"Não vamos perder a esperança. Nós vamos continuar lutando, não vamos abaixar a cabeça para ninguém. Se queremos democracia, liberdade, uma pátria melhor para todos, nós somos responsáveis pelo futuro do país", disse.

Na manifestação, Bolsonaro ainda disse que não tem pretensão pessoal de poder, afirmando que é apenas um “instrumento” e que sua motivação vem do amor à pátria: “Eu sou apenas empregado de vocês. Não tenho nenhuma obsessão por poder. Eu tenho a paixão pelo meu país.”

Além dele e do pastor Silas Malafaia, organizador do evento, parlamentares e apoiadores também discursaram. Entre os nomes presentes estavam o filho Flávio Bolsonaro, Nikolas Ferreira, Gustavo Gayer, Luciano Zucco, Marcos Pontes e Magno Malta.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também participou do ato e elogiou o ministro do STF Luiz Fux por sua postura no julgamento da cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, condenada a 14 anos de prisão por pichar com batom a estátua “A Justiça”.

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“Agradecimento ao ministro Luiz Fux, que foi sensato em seu voto, em favor de Débora”, afirmou Michelle. Fux divergiu da maioria da Corte ao propor uma pena significativamente menor: um ano e seis meses de prisão e multa simbólica.

A manifestação foi realizada da Torre de TV de Brasília até a Esplanada dos Ministérios, em um trajeto de cerca de três quilômetros. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, estimou público em cerca de 10 mil pessoas, mas a Polícia Militar do Distrito Federal não divulgou números oficiais.

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