Unicef divulga vídeo de UTI neonatal em hospital de Gaza e pede acesso humanitário
Segundo a ONU, hospitais do enclave palestino estão em colapso e combustível de geradores só devem durar por mais 24 horas: "Sem energia, médicos temem pelo pior"
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) divulgou nesta 3ª feira (17.out) um vídeo da UTI neonatal do Hospital Al-Shifa, o maior da cidade da Faixa de Gaza, e apelou para um cessar-fogo humanitário imediato e acesso seguro de suprimentos vitais às crianças em vulnerabilidade.
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Nas imagens, é possível ver bebês recém-nascidos que recebem tratamento no local, com algumas incubadoras com mais de duas crianças.
Além da superlotação devido ao alto número de feridos nos bombardeios (aproximadamente 10 mil), Gaza está sob bloqueio israelense desde 9 de outubro, impedindo o fornecimento de eletricidade e água, e a entrada de combustível e alimentos. Tel Aviv impôs cerco total ao enclave palestino após o ataque terrorista promovido pelo grupo Hamas, em 7 de outubro, que deixou mais de 1,4 mortos no país. O número de mortos na Gaza passa de 2,800.
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Sem eletricidade, e com a estimativa de que as reservas de combustíveis dos hospitais, utilizadas para manter os geradores operando, devem durar mais 24 horas, a ONU classifica a situação na Faixa de Gaza como catastrófica.
"Sem energia, médicos temem pelo pior", afirma no vídeo. "Incubadoras são unidades de terapia intensiva neonatais que operam com corrente elétrica. Quando a eletricidade é cortada, o destino das crianças que precisam de tratamento está condenado à morte", reforça.
UNICEF calls for an immediate humanitarian pause and safe access to scale and sustain lifesaving services for children in the #GazaStrip.
? UNICEF Palestine (@UNICEFpalestine) October 17, 2023
Every minute counts, #ForEveryChild pic.twitter.com/FbzGWCxVQr
Toneladas de ajuda humanitária, contendo água, alimentos e insumos médicos estão paradas na fronteira do Egito com Gaza, na passagem de Rafah, aguardando a criação de um corredor humanitário, o que até o momento não foi aceito por Israel.
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