Procuradores da Lava Jato vão devolver dinheiro de passagens e diárias
A determinação é do Tribunal de Contas da União; os valores passam de R$ 2 milhões
Procuradores da República que atuaram na força-tarefa da Lava-Jato podem ser obrigados a devolver valores de passagens e diárias supostamente usadas irregularmente na investigação. O ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), determinou nesta 4ª feira (10.nov.2021) a apuração do dano e identificação dos responsáveis.
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Segundo Dantas, os valores gastos alcançam R$ 2 milhões e há uma indústria de pagamento de diárias e passagens a "certos procuradores escolhidos a dedo, o que é absolutamente incompatível com as regras que disciplinam o serviço público brasileiro".
"Fica evidente que o modelo construído atenta contra o princípio da impessoalidade, tanto por privilegiar os agentes administrativos em detrimento do interesse público, quanto por não adotar critério imparcial para a escolha desses mesmos agentes", escreveu o ministro na decisão.
Os procuradores que sugeriram o modelo da força-tarefa, em especial o ex-procurador Deltan Dallagnol que coordenou a Lava Jato; o ex-procurador-Geral Rodrigo Janot, que autorizou a constituição da força-tarefa; e os procuradores e secretários responsáveis pelos pagamentos terão de apresentar justificativas ao TCU.