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Jornalismo

"Guerra não conhece a piedade", diz cardeal enviado à Ucrânia

Konrad Krajewski visitou a cidade de Izyum, onde centenas de túmulos foram encontrados

Imagem da noticia "Guerra não conhece a piedade", diz cardeal enviado à Ucrânia
Cardeal foi enviado pelo papa Francisco pela quarta vez à Ucrânia | Reprodução/Vatican News
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O Cardeal Konrad Krajewski foi enviado pelo papa Francisco pela quarta vez à Ucrânia. Em visita à cidade de Izyum, nesta 3ª feira (20.set), o religioso acompanhou o trabalho das equipes voluntárias, que continuam retirando os restos mortais de 450 túmulos encontrados após a retirada das tropas russas.

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"Pessoas vestidas de macacão branco estavam cavando e retirando das valas, muitas vezes comuns, os corpos dos pobres ucranianos mortos, cerca de 3-4 meses atrás. Não há palavras, não há lágrimas. Eu sei, há guerra e a guerra não conhece piedade. Certamente ver tantos mortos em uma só área é algo difícil de contar, de explicar", disse.

O cenário de Izyum é parecido com o de Bucha, onde, em março, centenas de valas comuns foram encontradas por soldados ucranianos. Em ambos os casos, os túmulos foram identificados após a retirada do exército russo, que ocupou as cidades por meses. Nesta semana, o presidente Volodymyr Zelensky informou que instaurou uma investigação.

Voluntários ucranianos ajudando a retirar os corpos das valas comuns | Reprodução/Vatican News

"O mundo deve reagir a tudo isso. A Rússia repetiu em Izyum o que fez em Bucha. E agora começamos a aprender toda a verdade sobre o que estava acontecendo na região de Kharkiv naquela época. Garantiremos o acesso total dos jornalistas ao território libertado e a todos os locais de abuso de pessoas. Forneceremos acesso para dizer ao mundo que o racismo deve ser condenado", afirmou.

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Apesar das acusações, o Kremlin nega o envolvimento nas mortes e diz que "tudo vai de acordo com um cenário". "É o mesmo roteiro de Bucha. Tudo é desenvolvido pelo mesmo roteiro. Tudo vai de acordo com um cenário. É uma mentira", disse o porta-voz russo Dmitry Peskov, acrescentando que "Moscou defenderá a verdade em toda história".

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