Kremlin nega novas acusações de crimes de guerra na Ucrânia
Mais de 400 túmulos foram encontrados em cidade antes ocupada por tropas russas
Camila Stucaluc
Autoridades russas voltaram a negar que o exército cometeu crimes de guerra em cidades da Ucrânia. Em declaração na 2ª feira (19.set), o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, comparou as novas acusações com Bucha, onde foram identificados crimes de guerra, e disse que "tudo vai de acordo com um cenário".
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"É o mesmo roteiro de Bucha. Tudo é desenvolvido pelo mesmo roteiro. Tudo vai de acordo com um cenário. É uma mentira", disse Peskov, acrescentando que "Moscou defenderá a verdade em toda história".
As acusações se referem aos mais de 400 túmulos e salas de torturas encontrados na cidade de Izyum, na região de Kharkiv, noroeste da Ucrânia. O local estava sob ocupação russa há meses e foi reconquistado pelas forças ucranianas na última semana. A informação foi divulgada pelo assessor presidencial Mykhailo Podoliak.
450 graves... Only one of the mass graves discovered near Izyum. For months a rampant terror, violence, torture and mass murders were in the occupied territories. Anyone else wants to "freeze the war" instead of sending tanks? We have no right to leave people alone with the Evil. pic.twitter.com/YxGyOZfm1Y
? ??????? ??????? (@Podolyak_M) September 16, 2022
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Pelas redes sociais, Podoliak voltou a acusar Moscou de destruição total da cidade de Mariupol e de massacres nos territórios ocupados, como Bucha e Izyum. "Ataques à infraestrutura crítica, chantagem nuclear na usina nuclear de Zaporizhzhia... resta entender o que o mundo está esperando", completou.