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Para evitar pressão do Congresso, Lula avalia indicar PGR e ministro do STF só em 2024

Presidente evitaria, assim, que aprovação dos nomes seja engavetada como está acontecendo com indicações para outros tribunais

Para evitar pressão do Congresso, Lula avalia indicar PGR e ministro do STF só em 2024
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Em seu terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem dado sinais de que não vai aceitar pressões. E, por isso, o petista avalia deixar para fevereiro do próximo ano as indicações para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) e para o comando da Procuradoria-Geral da República (PGR). 

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Aliados de Lula relataram ao SBT News que um dos temores do presidente da República é de que a confirmação dos nomes que depende de aprovação do Senado vire motivo para o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, senador Davi Alcolumbre (União-AP), aumente a pressão sobre o Executivo na reta final de 2023. 

De acordo com assessores de Lula, Alcolumbre teria interesse em obter, antecipadamente, o apoio do Planalto à sua candidatura ao comando do Senado, que tem eleições previstas apenas para o início de 2025. A liberação de emendas parlamentares também seria do interesse do senador. 

Alcolumbre tem uma posição chave no Senado. Como presidente da Comissão de Constituição e Justiça, cabe a ele o comando da pauta, estabelecendo o calendário das sabatinas, etapa necessária para as aprovações tanto do ministro indicado ao STF quanto do designado para a PGR 

Lula avalia que o que ocorreu com Igor Roque, indicado para a Defensoria Pública da União (DPU), pode se repetir. O nome do escolhido pelo presidente só foi avaliado pela CCJ três meses após a indicação. 
Na lista de nomes à espera de votação na comissão há ,ainda, indicados para outros tribunais superiores e conselhos. 

Ao SBT News, na tarde desta 5ª feira (5.out), Alcolumbre disse que não tem previsão de quando irá pautar essas indicações e ponderou que se Lula mandar os nomes do STF e da PGR nos próximos dias eles serão priorizados. 

Alcolumbre negou que poderia protelar a sabatina, como fez com a indicação de André Mendonça ao STF. Na gestão de Bolsonaro, o Senado só aprovou a indicação após 141 dias.

Além dos motivos que tratam especificamente da CCJ, a animosidade do Congresso em relação ao STF também pode dar munição para a oposição e criar um clima desfavorável aos indicados pelo presidente Lula. 

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido), não acredita que as indicações ficarão para 2024. Randolfe admitiu, no entanto, que não há prazo para essa indicação e que ninguém irá interferir no tempo do presidente. "Não quero apostar porque o tempo é do presidente, mas nada de fatores externos pressionam o presidente" destacou.

Em 2015, a ex-presidente Dilma Rousseff demorou 8 meses para indicar Edson Fachin para a vaga deixada por Joaquim Barbosa. À época, ministros do STF reclamaram por causa da rotina de empates nos julgamentos.  

Nos bastidores, em Brasília, a bolsa de apostas dá como certa a indicação do ministro da Justiça, Flávio Dino, para a vaga deixada por Rosa Weber ainda em outubro. Mas a cirurgia de Lula e o tempo que ele deverá ficar sem receber visitas se recuperando estão servindo para o presidente reavaliar o cenário e tomar a decisão. Também são cotados Jorge Messias, atual advogado-geral da União (AGU), e Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU). 

No caso da PGR, petistas cobram uma solução rápida do Planalto, já que a interina, Elizeta Ramos, é considerada lavajatista. No entanto, Lula e Elizeta conversaram antes da cirurgia do presidente. Na ocasião, ela teria tranquilizado ele e dito que ele não precisa ter pressa, já que ela não tomará nenhuma medida para buscar protagonismo.
 

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