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Ciro Gomes diz que política de preços da Petrobras contribui para inflação

Pré-candidato do PDT deu entrevista à TV Jangadeiro, afiliada do SBT no Ceará

Ciro Gomes diz que política de preços da Petrobras contribui para inflação
Ciro Gomes dá entrevista para a TV Jangadeiro (Reprodução)
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O pré-candidato a presidente da República e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), afirmou nesta 3ª feira (3.mai) que o Governo Federal contribui para a inflação no Brasil, principalmente por meio da política de preço da Petrobras -- que classificou como "desastrada" e "escândalo criminoso" -- e os preços da eletricidade. A declaração foi dada em entrevista à TV Jangadeiro, afiliada do SBT no Ceará.

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Nas palavras de Ciro, a atual política da petroleira faz com que não se cobre o custo de produção da empresa, mas "o preço de oportunidades se a Petrobras fosse importadora de petróleo". A consequência, diz ele, é que a estatal cobra bem mais, nos combustíveis, por causa do valor especulativo causado pela guerra na Ucrânia. "Isso se resolve mudando a política de preços", pontou. Ele promete fazer essa alteração no primeiro dia de um eventual governo.

Sobre a eletricidade, de acordo com Ciro, "no Ceará o governo Bolsonaro autorizou 25% de aumento na taxa de energia". "Não houve custos que aumentassem 25% em nada, isso é uma indexação ao dólar. Que é um crime que tem que ser abolido no Brasil", acrescentou.

Segundo o pedetista, é preciso "desindexar a economia brasileira ao máximo". Um índice de indexação específico criticado por ele foi o IGPM. Conforme o político, ele surge da dissociação "do preço da energia dos custos de produção de energia com um lucro razoável para fazer uma indexação em dólar". "É preciso acabar com isso e será minha política. Naturalmente respeitando os contratos, fazendo isso num ambiente de diálogo e ampla transparência para que não haja descontinuidade no serviço". 

Em suas palavras também, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), por regra, "corrompeu-se e virou uma estrutura não pública a serviço dessas concessionárias via suborno. O presidenciável prometeu "reestruturar toda essa gestão" caso se torne presidente.

Ciro falou especificamente também sobe a inflação dos alimentos no território brasileiro. De acordo com ele, tem um "componente global" nessa alta dos valores: a China voltou a comprar pesadamente após o período mais crítico da pandemia. Porém, afirma o ex-governador, o país não registraria inflação dos alimentos por esse motivo se tivesse "uma política de estoques reguladores, de regulação no Brasil, de armazenamento, de apoio ao produtor na hora da safra, garantindo preços mínimos de estocagem, para na hora da especulação de preço você fazer um estoque regulador, vender por mais barato". Essa política, pontuou o pedetista, existia nacionalmente, mas foi destruída pelos ex-presidentes Lula (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ele criticou o petista e o integrante do PL falando sobre a atuação do Banco Central também: "O Lula inacreditavelmente promete aos banqueiros manter a direção do Banco Central do Bolsonaro. Isso simplesmente significa anunciar para o futuro que o Brasil vai manter a mesma desastrada política econômica que contratou uma depressão de mais uma década. O Banco Central brasileiro hoje não é mais um BC do Brasil, é pura e simplesmente uma instituição que construiu mecanismos institucionais de transferência de renda do Brasil que produz, do mundo empresarial, e do Brasil que trabalha, o mundo dos trabalhadores, para meia dúzia de rentistas".

Ciro afirma que, se eleito, submeterá o BC a "perseguir a menor inflação" e o "pleno emprego". "Isso significa que nós vamos administrar outra política para juros e câmbio", completou. Para os próximos meses, o político diz acreditar que o país terá ainda estagflação, "com desemprego em alta, informalidade selvagem, inadimplência das famílias".

Outro assunto abordado por Ciro na entrevista foi os pré-candidatos apoiados pelo PDT no Ceará, como o ex-governador Camilo Santana (PT) para senador. De acordo com o presidenciável, eles terão a tarefa de "proteger o que está bom e, com toda a humildade, mas com a autoridade de quem pode fazer isso, procurar saber do povo onde é que nós estamos errando, o que precisa consertar, qual é o próximo passo desse projeto".

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