Sindicato suspende greve dos rodoviários no Rio de Janeiro
Garis e motoristas de aplicativo seguem estão parados
O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Rodoviários de Passageiros Urbano suspendeu a paralisação dos rodoviários, que começou à 0h desta terça-feira (29.mar).
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A decisão foi tomada por volta das 9h30 da manhã. O Sintrucad-Rio informou que "entende o que o direito de greve é o único meio que os rodoviários têm nesse momento para defender o mínimo para a sua manutenção e de sua família. Entende, também, que de acordo com a Constituição Federal, compete aos trabalhadores decidirem sobre a oportunidade de exercer esse direito e sobre os interesses que devam por meio dele defender, mesmo assim o sindicato cumpriu todas as exigências da Lei de Greve, promovendo negociações e várias assembleias que deliberaram sobre a greve, bem como promovendo a prévia comunicação com a imprensa, autoridades e sociedade", afirmou a entidade em nota.
O Sintrucad-Rio disse ainda que a decisão de encerrar o movimento grevista se deu por causa da penalidade imposta pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) que considerou paralisação ilegal e determinou multa de R$ 200 mil por dia de descumprimento.
Até antes da orientação do sindicato, segundo a Rio Ônibus, algumas linhas regulares estavam circulando com 60% da frota. Já no BRT, nenhum articulado estava rodando. Muitos passageiros relataram que tiveram dificuldade para chegar ao trabalho ou voltar para casa. Outros, disseram que esperaram até duas horas para conseguir embarcar no transporte coletivo.
Ao todo, três milhões de pessoas utilizam ônibus na capital fluminense e cerca de 19 mil rodoviários trabalham na capital fluminense. Ontem (28.mar), o presidente do Sindicato dos Rodoviários do Rio, Sebastião José, disse que "tentou a negociação de recomposição do PIS salarial da categoria e da cesta básica, sem nenhuma proposta encaminhada pelos empregadores. Então os trabalhadores não aguentam mais trabalhar em situações precárias e há três anos sem reajuste salarial. Nós pedimos a compreensão da população para essa luta dos trabalhadores. População essa que também tem sido prejudicada nos últimos tempos com o sucateamento e a falência do transporte público de péssima qualidade para os rodoviários e também para os usuários de transporte".
Limpeza pública
O Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio, que representa os trabalhadores da Comlurb, decidiu começar uma greve. A paralisação vale para os garis que atuam no Rio de Janeiro e, segundo o sindicato, a legislação será respeitada. Apenas um contingente mínimo vai continuar trabalhando, uma vez que a coleta de lixo é um serviço essencial. De acordo com a categoria, a coleta em hospitais e escolas também será mantida.
Entre as reivindicações dos trabalhadores estão reajuste de 25% nos salários e também no valor do tíquete alimentação, além da conclusão do plano de cargos e salários e a implantação do adicional de insalubridade para os agentes de preparo de alimentos.
Greve Uber
Mais cedo, motoristas do Uber saíram em carreata do aeroporto Santos Dumont até o escritório do aplicativo no Rio de Janeiro, na avenida Presidente Vargas, na região central da cidade. Segundo a Associação dos motoristas de app, 60% da categoria já aderiram ao movimento.
Eles protestam contra as tarifas cobradas pela empresa e contra o aumento dos combustíveis. A cidade entrou em estágio de mobilização à 0h de hoje (29.mar), devido às condições do tempo e ao anúncio de greve dos rodoviários.