Empresário apontado como líder de atos golpistas em BH está foragido
Polícia fez operação para prender Esdras Jonatas dos Santos, mas não o localizou

Paola Cuenca
A polícia de Minas Gerais fez uma operação para prender um empresário, apontado como líder de atos antidemocráticos em Belo Horizonte. Policiais civis fizeram buscas em três endereços da capital mineira, mas não localizaram Esdras Jonatas dos Santos.
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O empresário é suspeito de agredir um repórter fotográfico que cobria a retirada de um acampamento golpista, na porta do quartel do Exército, em Belo Horizonte, no início do ano. O passaporte de Esdras já havia sido suspenso por ordem do Supremo Tribunal Federal -- mas a suspeita é que ele tenha deixado o país antes da determinação. Agora, é considerado foragido.
A defesa de Esdras informou que não teve acesso ao inquérito.
Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiram, por unanimidade, que a minuta de teor golpista encontrada pela Polícia Federal na casa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, será mantida em uma ação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A ação já investiga se Bolsonaro cometeu abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação na reunião com embaixadores, no Palácio da Alvorada, no ano passado -- quando colocou em dúvida o sistema eleitoral.
Em São Paulo, o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse não achar necessária a instalação de uma comissão de inquérito sobre os atos antidemocráticos: "a CPI é uma prerrogativa do parlamento, pode ocorrer, claro. Apenas temos feito a ponderação que as investigações hoje feitas atendem plenamente o objetivo de investigação das autorias".
Em um movimento para tentar acabar com as desconfianças do novo governo em relação ao Exército, ficou decidido que, com a ida para a reserva do atual número 2da Força, general Valério Stumpf, o substituto no cargo será o general Fernando Soares, atual comandante militar do sul. O alto comando do Exército tem evitado nomear oficiais ligados ao governo Bolsonaro para postos mais altos.
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