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Brasil

Medicamentos básicos estão em falta nas farmácias de São Paulo

Desabastecimento é causado pelo lockdown em cidades da China, alta demanda e preços impraticáveis

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Um levantamento do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo, CRF-SP, apontou que 98,52% dos farmacêuticos, que responderam um questionário, confirmam que sofrem com o desabastecimento de medicamentos, destes a maioria atua em estabelecimentos do setor privado.

Já 10,24% são do setor público (administração direta) e o restante se divide em setor público (parceria privada e terceirizações) e estabelecimentos filantrópicos, beneficentes, mistos e autarquias. Segundo a pesquisa, os motivos para a falta de medicamentos são a escassez de mercado, a alta demanda não esperada e preço alto impraticável. Entre outros fatores também estão a guerra na Ucrânia e o lockdown na China geraram problemas logísticos para o atendimento das demandas de insumos e medicamentos.

As farmácias de São Paulo estão sofrendo com a falta de remédios básicos, como antibióticos, antialérgicos e xaropes para tosse. 

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Esdra Ruiz, se recupera da covid-19 e precisa de um xarope para aliviar os sintomas da tosse, mas não encontra o medicamento nas farmácias, "uma coisa tão simples de se achar na farmácia e não tem, né, como que é isso, aí fui em outra farmácia e na hora que me dei conta não estou achando o xarope em lugar nenhum". 

Não é só ele, a procura do motoboy, José Aguinaldo Santos por um medicamento também para problemas respiratórios virou uma saga, "ja fui em três drogarias, nenhuma delas tem e não tem nem previsão de quando vai chegar o mesmo remédio".

Nem com o auxílio de farmacêuticos a situação tem melhorado, "a gente vê algum outro medicamento, dependendo do remédio, a gente tenta indicar outro, deixando claro que o princípio ativo não é o mesmo, mas que tem a mesma finalidade", diz a farmacêutica Laís Henrique Santos.

O desabastecimento começou em maio e acendeu o alerta do CRF, que fez um levantamento em mais de mil drogarias de São Paulo. Os antibióticos lideram o ranking dos medicamentos em falta. A demanda maior no inverno, em função do aumento de síndromes respiratórias, também é outro fator que deixa os estoques de remédios vazios.

As indústrias estão tentando fazer o máximo, e isso é extremamente importante porque nos leva a um momento de reflexão: precisamos criar políticas públicas para estimular a indústria farmacêutica a produzir essa matéria-prima e a gente não ficar tão dependente do mercado internacional.

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