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Ocupação no Rio: PMs estariam invadindo casas e até fazendo churrasco

Moradores do Complexo do Salgueiro denunciam abusos por parte de policiais que ocupam região há 1 semana

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viatura da polícia militar
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Moradores do Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro, denunciam abusos por parte de policiais militares que ocupam a comunidade há cerca de uma semana.

De acordo com os relatos, os PMs estariam invadindo e vasculhando residências da região sem mandados de busca e apreensão. Imagens mostram casas reviradas, com sofás e camas de cabeça para baixo e roupas pelo chão. Em um dos vídeos, os agentes aparecem até mesmo fazendo churrasco em um terraço ocupado.

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A ocupação da comunidade teve início na semana passada, com o objetivo de impedir a comemoração do aniversário de Antônio Ilário Ferreira, o "Rabicó", prevista para o feriado prolongado. Ele é apontado como o chefe do tráfico da região e está foragido.

Até o momento, de acordo com a plataforma "Fogo Cruzado", pelo menos 5 pessoas morreram e 3  ficaram feridas durante a ocupação. "Se tornou caça ao humano, dentro da comunidade, caça ao favelado", concluiu o representante da Associação de Moradores do Complexo do Salgueiro, Jefferson Souza. O fim de semana foi de tiroteio e de protestos na comunidade. 

Segundo a Polícia Militar, o Complexo do Salgueiro vai ficar ocupado por tempo indeterminado. Na manhã desta 2ª feira (20.jun), a ação da PM provocou o fechamento de 6 unidades de saúde; 7 escolas municipais também ficaram sem aulas.

Os moradores, porém, reclamam que os prejuízos vão mais além, conforme explica a diretora da Federação das Associações de Favelas do Rio de Janeiro, Estephani Nunes. "O carro de pipa não pode entrar, não tem como entrar né? Então, estão sem água, estão sem ônibus. A comunidade fica à mercê do Poder Público e só recebe isso".

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