97% dos brasileiros buscam equilíbrio entre vida pessoal e profissional
Pesquisa global aponta mudanças na relação entre trabalhadores e empregadores
Gudryan Neufert
Mudar a forma de encarar o emprego, ter mais tempo para outras atividades, mais facilidade de ir e vir... essas foram alguns dos principais pontos indicados por uma pesquisa global, que ouviu 35 mil trabalhadores de diversos países.
O estudo mostra que, no Brasil, 92% dos trabalhadores querem um emprego que permita a capacitação e o desenvolvimento profissional. Outros 85% preferem horário flexível. Já 97% dos brasileiros consultados na pesquisa estão em busca de mais equilíbrio entre a vida pessoal e profissional; um índice bem maior do que a média global.
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Queixas que, hoje, já não fazem mais parte da vida de Solange. Desde fevereiro, ela é chefe de comunicação de uma multinacional e, no novo emprego, alcançou o equilíbrio que sempre sonhou: ficar perto de casa e ter horários flexíveis. "Permite que eu volte a estudar, estou fazendo doutorado, permite passar mais tempo com meus filhos", ela conta.
Mas, segundo o vice-presidente de marketing do McDonald's e escritor João Branco, a satisfação no trabalho não exige, necessariamente, a troca de função, mas sim a forma de pensar, valorizar o próprio desempenho. É o que ele garante em seu livro 'Dê Propósito', um best-seller, com 10 mil exemplares vendidos. "Eu estou convidando as pessoas a sonharem alto, sonhos que tocam a vida dos outros. Comece com a intenção certa, as intenções importam. O que você está fazendo alí é muito útil para alguém", afirma João Branco.
O autor diz ainda considerar importante ser competitivo no trabalho, mas pondera que a ambição muitas vezes atrapalha. "Eu vejo que a gente tem uma ambição dentro da gente, muito provocada pela comparação, de sonhar grande de ter sucesso. O lado bom é que nos move a buscar sempre mais, isso é positivo. O lado ruim, é que ela nos impede de ficar contente com o que a gente tem", acrescenta João Branco.
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