Covid: Apenas 46% dos brasileiros receberam a dose de reforço
Especialistas alertam para possível aumento de casos graves e hospitalizações

José Luiz Filho
Há menos de um ano e meio, as vacinas contra a covid-19 eram apenas um desejo no Brasil. Quando se se tornaram realidade, ajudaram a mudar os rumos da pandemia no país. Hoje, a falta de imunizantes não é um problema, já que mais de 443 milhões de doses já foram distribuídas aos postos de saúde.
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Mas, apesar de toda a oferta, o ritmo da vacinação contra o coronavírus só tem diminuído. Nem todos os brasileiros tomaram as duas primeiras doses, mas o sinal de alerta dispara quando o assunto é o reforço: quase 9 meses depois do Ministério da Saúde liberar a aplicação da 3ª dose, apenas 46,04% da população retornou aos postos.
A baixa adesão no país já começa a preocupar entidades médicas e especialistas em saúde, já que a falta do reforço na imunização pode resultar no aumento do número de casos graves e hospitalizações.
"A terceira dose é fundamental, porque o vírus utiliza um mecanismo de escape de dificultar ou anular a memória imunológica, então essas doses frequentes serão necessárias", explica o diretor de Pesquisa do Hospital Albert Einstein, Luiz Vicente Rizzo.
Na capital do Piauí, a quarta dose já é aplicada nos maiores de 18 anos. Em Belém, na população a partir de 40. E em outras 16 capitais, no público com 50 ou mais.
São Paulo começou a oferecer a 4ª dose para esta faixa etária e para todos os profissionais de saúde nesta 2ª feira (06.jun). Logo no primeiro dia, a Karen já ampliou a coleção de cartões de vacinação. "Isso aqui vale ouro. Para cuidar da gente, e para cuidar dos outros também", afirma a psicóloga Karen Mascarenhas.
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