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Governo

Ministério da Agricultura diz não haver risco de faltar fertilizante

Delegação do governo vai ao Canadá no dia 12 para diminuir dependência de produtos russos

Imagem da noticia Ministério da Agricultura diz não haver risco de faltar fertilizante
Ministra Tereza Cristina fala ao microfone (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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Depois de o presidente Jair Bolsonaro (PL) dizer que poderia faltar fertilizante no Brasil -- por causa do conflito entre Rússia e Ucrânia -- o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) garantiu que não há risco de desabastecimento e anunciou que vai ao Canadá para negociar com novos fornecedores.

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Técnicos do Ministério da Agricultura (Mapa) passaram a tarde discutindo os impactos da guerra para a produção agrícola no Brasil e descartaram o risco de faltar fertilizante. Segundo a ministra Tereza Cristina, "a safra brasileira que acontece nesse momento, que é a safrinha, a nossa safra maior que se planta milho, ela já está acontecendo". "Então, o que precisava de fertilizante dela já chegou, já está com o produtor rural", completou.

Atualmente, cerca de 30% dos fertilizantes usados no Brasil são importados da Rússia ou de Belarus. Uma delegação do governo vai ao Canadá no próximo dia 12 para diminuir essa dependência e ampliar o número de fornecedores do produto. No ano passado, o país foi um dos cinco maiores fornecedores de adubos e fertilizantes químicos do mundo.

Mais cedo, em uma rede social, Bolsonaro disse que a guerra no leste europeu põe em risco o fornecimento de potássio -- material presente em fertilizantes -- e usou esse argumento para sugerir que o Congresso vote um projeto permitindo a exploração desses recursos em terras indígenas.

Representantes de vários setores do agronegócio são categóricos ao afirmar não haver risco de o Brasil sofrer desabastecimento de alimentos por causa do conflito no leste europeu. Mas garantem que os consumidores vão perceber um aumento dos preços nas prateleiras dos supermercados. Com isso, a meta do governo de controlar a inflação -- a qual passado ultrapassou os dois dígitos no ano passado -- fica cada vez mais difícil de ser alcançada.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), produtos como o pão francês devem ficar ainda mais caros. "A partir desse ano nós esperávamos uma baixa da inflação e um aumento do crescimento", disse o presidente da entidade, Rubens Barbosa. Ainda de acordo com ele, com a crise envolvendo a Ucrânia e a Rússia, "a inflação internacional vai continuar alta e a recuperação da economia vai ser mais lenta".

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