Após 11 meses, polícia descobre que empresário morreu por dívida com agiotas
Casal foi preso após crimes em Serra (ES). Executor receberia, entre bens e dinheiro, R$ 100 mil pelo assassinato

Vanuza Santana
Foram onze meses de investigações para a polícia descobrir que uma dívida com um casal de agiotas motivou o assassinato de um empresário de Serra (ES). Quatro pessoas foram presas pelo crime, registrado em janeiro, no estabelecimento da vítima.
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Interceptações telefônicas levaram os investigadores aos criminosos e à motivação. Antes, imagens de câmeras de monitoramento mostraram o empresário Bruno Oliveira, de 36 anos, na varanda do restaurante que é dono, conversando com um homem. Este é Everton de Oliveira Vieira, de 38, braço-direito de um casal de agiotas da cidade.
Na sequência, um outro homem entra no local, já de arma em punho, atirando no comerciante. Bruno tentou escapar dos disparos, mas foi atingido e morreu no local. Everton, aparentemente, ficou sem reação.
A Polícia Civil concluiu que o assassinato foi motivado pela dívida com o casal de agiotas. Everton atraiu Bruno para o local do crime. Ali, já tinha conversado com a vítima para que o empresário assinasse um documento que passava os bens do estabelecimento para Everton.
Segundo os investigadores, o crime tinha uma "ampla divisão de tarefas entre os envolvidos", incluindo o atirador e o responsável por levá-lo ao restaurante, além do casal de agiotas e o braço-direito que estava no restaurante com a vítima. A dupla pagaria R$ 100 mil, em espécie e outros bens, para o executor.
Bruno já recebia ameaças por não pagar parcelas da dívida. Segundo a polícia, o casal aplicava "terror psicológico" nas vítimas e devedores, com ameaças de morte, invasão de domicílio e levantamento dos pertences caso eles não pagassem os valores devidos.
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