Complexo da Maré: Castro lamenta morte de PM e diz que vai responder sobre operação ao STF
"O que eu vou dizer ao ministro Fachin é do sucesso da operação", diz o governador em entrevista ao SBT Rio
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, disse em entrevista ao SBT Rio, nesta quarta-feira (12), que recebeu "com muita tranquilidade" o ofício do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo explicações sobre a operação realizada no Complexo da Maré, na zona norte, desde a última terça-feira (11).
Segundo Castro, a ação cumpriu todos os requisitos do Departamento de Polícia Federal (DPF). "Levamos ambulância, foi avisada escola, foi avisada secretária de saúde. Todos os policiais portavam câmeras corporais. O que vou dizer ao ministro é do sucesso da operação", disse o governador.
Castro também lamentou a morte do sargento do Batalhão de Operações Especiais (Bope) Jorge Henrique Galdino Cruz, de 32 anos. O agente foi baleado durante a operação, socorrido até o Hospital Federal de Bonsucesso, mas não resistiu.
"A gente lamenta demais a morte do policial, mas os objetivos da operação foram cumpridos: 24 presos, 11 armas, metralhadora antiaérea, drogas e mais de dez veículos apreendidos. A operação seguiu 100% do que a DPF recomenda que seja feito", afirmou Cláudio Castro.
Além do policial Jorge Henrique Galdino Cruz, outros dois suspeitos morreram e um policial ficou ferido.
Determinação Fachin
Enviada na última terça (11), a determinação do ministro Edson Fachin foi feita após o Partido Socialista Brasileiro (PSB) solicitar que os policiais usem câmeras corporais de funcionamento interrupto durante as operações e que o conteúdo gravado seja disponibilizado para o Ministério Público, para a Defensoria Pública do Estado e para os familiares das possíveis vítimas da ação.
Além disso, o pedido também argumenta sobre a necessidade de ambulâncias para acompanhar as operações policiais.
Ao SBT Rio, Cláudio Castro também falou sobre o pedido do PSB. "A gente está muito tranquilo. A gente tem órgãos de controle e ser controlado faz parte da atividade política. Não foi feito nada de errado. Foi feita uma denúncia por parte do partido que perdeu as eleições", disse o governador.
"O PSB fez uma denúncia de que tinha tido irregularidades junto com a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro. Vamos responder com a maior tranquilidade que foi tudo feito no que orienta a própria Defensoria."