Unesco reconhece "caça às trufas" como Patrimônio Cultural
Segundo a instituição, prática caracteriza a vida rural de comunidades presentes na Itália
A Unesco reconheceu a "caça e extração de trufas", tradição com origem na Itália, como um Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. O anúncio foi feito nesta 5ª feira (16.dez). A iguaria, uma das mais caras no mundo, consiste em um fungo que cresce junto às raízes das plantas, podendo ser ingrediente para sopas, risotos e massas.
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Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a prática incorpora conhecimentos e práticas transmitidos oralmente há séculos. Além disso, caracteriza a vida rural de comunidades presentes no país. A caça às trufas consiste na identificação das áreas onde cresce a planta, com o auxílio de um cão treinado para a função. Outros conhecimentos, como de meio ambiente, vegetação e clima, são necessários para o correto manejo dos ecossistemas.
Em média, um quilo de trufa branca custa oito mil euros, aproximadamente R$ 51.512,00. A durabilidade do alimento gira em torno de 5 dias após a colheita, sendo mais difícil de ser encontrada que a trufa negra, que se adapta melhor a variedade climática. O quilo da trufa negra, por sua vez, gira em torno de 700 dólares, cerca de R$ 3.987,00.
Histórias, fábulas e expressões que refletem a identidade cultural da região são utilizadas para transmitir o conhecimento. "As práticas respeitam o equilíbrio ecológico e a biodiversidade vegetal, garantindo a regeneração sazonal das espécies de trufas", explicou a Unesco em nota divulgada em seu site oficial.