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Mãe de jovem morto em chacina diz que ele chegou a entrar no carro do PM

Familiar afirma que nunca soube de amizade entre o filho e agentes

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Policial de farda abaixado
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A mãe do jovem Kaio Felipe Siqueira, de 17 anos, falou sobre como descobriu que seu filho foi vítima na chacina que matou oito pessoas em Toledo e Céu Azul, no Paraná. Ele estava em casa quando o policial militar Fabiano Júnior Garcia entrou e pediu que ele saísse. 

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Durante entrevista ao Primeiro Impacto, Hernesta Siqueira estava desolada. Ela afirma que ele estava em casa quando o desconhecido o chamou para dar uma volta e conversar. A vítima pegou alguns pertences e foi. Após 20 minutos, um homem foi à casa da família e avisou que tinha um jovem morto na calçada.  "Era meu piá que estava morto", lamentou a mulher. Ela ainda diz que ele nunca teve amizade com policiais ou envolvimento com crimes e que não entende porque ele entrou no carro do desconhecido. 

Após matar as oito pessoas, o agente teria mandando um áudio via aplicativo de mensagens pedindo desculpas para a família e afirmando estar passando por problemas no casamento. Ele ainda não estava separado da esposa de 28 anos, com quem tinha dois filhos e se relacionava há 12 anos. 

A irmã da esposa do policial diz que está despedaçada pois vai ter que providenciar o velório dos dois sobrinhos, do cunhado e da irmã. 

Entenda o caso:

Um policial militar matou oito pessoas, incluindo esposa, mãe e filhos e se suicidou. O caso ocorreu em Toledo, no Paraná. 

Fabiano Junior Garcia, de 37 anos de idade, teria trabalhado até 19h da última 5ªfeira (14.jul). Ele atuava como motorista do coordenador de polícia do batalhão.

Quando foi liberado do expediente, dirigiu até a cidade de Céu Azul, município perto de Toledo, e matou os dois filhos mais novos, um menino de 4 anos e uma menina de 9. Após, ele dirigiu novamente até Toledo por aproximadamente 70 quilômetros. Ao chegar na cidade, ele atirou contra Luiz Carlos Becker e o adolescente Caio Felipe Siqueira, sendo que ele não conhecia ambos. 

Após matar os desconhecidos, ele foi até a própria casa e tirou a vida da esposa Kassielle Mendes e da filha do casal Amanda Mendes, de 12 anos. Ele também se dirigiu até a casa da mãe, Irene Garcia, de 78 anos, e atirou contra ela e seu irmão Cludiomiro Garcia, de 49 anos. Ele voltou para o carro e se suicidou.

O comando da Polícia Militar ainda vai se pronunciar, mas afirma que Fabiano não tinha histórico de atendimento psicológico, serviço disponibilizado pela corporação desde 2020. 

O primo de Fabiano disse que ele era uma pessoa tranquila e comentou que essa semana conversou com o parente e riram juntos. Ainda segundo o familiar, ele não aparentava estar sofrendo com nenhum problema mental.

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